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Depois de ter sido condenado a 29 anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mês passado, o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, de 69 anos, pode ter que ressarcir a estatal.
Na última semana, a Petrobras acionou a Justiça para cobrar dele o valor de R$ 15.775.091,27 em reparação, segundo O Globo, após a disputa judicial ter sido julgada em última instância, no Supremo Tribunal Federal (STF). O advogado responsável por sua defesa, Marcelo Lebre não quis se manifestar e disse que seu cliente optou por se pronunciar apenas nos processos, de acordo com a Folha de São Paulo.
Duque é uma das figuras centrais nas investigações da Operação Lava Jato. Foi diretor de serviços da Petrobras entre 2011 e 2012 e é acusado de receber mais de R$ 5,6 milhões de propina para favorecer a Multitek Engenharia em contratos com a petroleira que somam R$ 525,7 milhões.
O ex-diretor foi preso pela primeira vez em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato, por associação criminosa. O caso foi analisado em primeira instância pelo então juiz e atualmente senador Sergio Moro. Em 2020, Duque teve o benefício de recorrer de seus processos em liberdade e recebeu uma tornozeleira eletrônica, da qual foi dispensado de usar em abril de 2023.
Em julho do ano passado, uma nova prisão foi decretada. Ao não ser localizado em dois endereços, foi considerado foragido. Em agosto foi preso novamente e cumpre pena desde então.
A sentença mais recente, que o levou à condenação de quase 30 anos, foi proposta em 2020 pelo Ministério Público Federal e assinada no dia 14 de abril, na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ainda cabe recurso.
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