Indicação do advogado Renato Campos Galuppo esbarrou na ligação dele com o Cidadania, o que iria contra a Lei das Estatais.| Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) oficializou neste final de semana a indicação de um nome para o conselho de administração da Petrobras que já foi rejeitado no ano passado por atividade partidária. O advogado Renato Campos Galuppo não foi aceito em 2023 por ligação com o partido Cidadania, o que iria contra a Lei das Estatais que Lula vem tentando mudar desde o começo do novo mandato.

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A indicação de Galuppo foi formalizada pelo ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, que enviou um ofício para o presidente do conselho, Pietro Sampaio Mendes. A vaga a que ele foi indicado foi aberta com a renúncia de Efrain Pereira da Cruz, que era o número 2 da pasta e exonerado há pouco mais de uma semana.

Segundo interlocutores do governo, há a expectativa de que o nome de Galuppo não seja rejeitado novamente, e que ele siga no cargo após a assembleia-geral ordinária prevista para março que vai renovar os integrantes do comitê.

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No final da manhã desta segunda (22), a Petrobras informou que Galuppo já é membro do Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde do Conselho de Administração da Petrobras e "teve seu relatório de integridade recentemente emitido e analisado pelo Comitê de Pessoas, sem qualquer impedimento para assunção de cargo de administração na companhia". A indicação, afirma a estatal, será submetida aos "procedimentos de governança aplicáveis".

Silveira expressou a intenção de manter no conselho Mendes, Bruno Moretti, Jean Paul Prates (presidente da Petrobras) e Vitor Saback, este último aguardando confirmação oficial. O governo também enviará três nomes para formar uma lista tríplice, seguindo o modelo que levou à escolha de Sérgio Rezende no ano passado.

Especializado em direito eleitoral, Galuppo enfrentou objeções por sua vinculação com o Cidadania, mas o governo sustentou que a proibição foi alterada pela liminar do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que toma posse como ministro da Justiça e Segurança Pública no começo de fevereiro.

Essa decisão suspendeu parte da Lei das Estatais que impunha uma quarentena de três anos para políticos ou dirigentes partidários em estatais.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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