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Os esforços do governo para destravar o processo de capitalização da Petrobras indicam a difícil equação com a qual a empresa terá que lidar nos próximos anos. Com uma dívida na casa dos R$ 100 bilhões, a estatal está prestes a atingir seu limite de endividamento. Sem a capitalização, dizem analistas, a empresa não terá condições de arcar com todos os investimentos anunciados, como o desenvolvimento do pré-sal e as novas refinarias.

A capitalização da Petrobras esteve em pauta nos últimos dias, diante de medidas aprovadas pelo governo para agilizar o processo e de algumas reações negativas, que culminaram com o rebaixamento das ações da empresa pelos bancos JPMorgan e UBS.

Mesmo com todas as dúvidas sobre o processo, é consenso no mercado que a Petrobras conseguirá fazer algum tipo de capitalização, mesmo que os prazos políticos não permitam a aprovação do projeto de lei que prevê a venda de reservas do governo para a estatal, processo chamado de cessão onerosa. Há expectativas sobre um plano B, que seria a colocação de ações no mercado sem a cessão, em uma capitalização de menor porte.

"As únicas alternativas à capitalização seriam postergar investimentos ou vender ativos. Mas desinvestimento não faz parte da tradição da Petrobras", diz o analista de petróleo do Banco do Brasil Investimentos, Nelson Rodrigues de Mattos.

O adiamento de alguns projetos não parece ser levado em conta pe­­­­­la companhia, que já anunciou investimentos entre US$ 200 bi­­­­lhões e US$ 220 bilhões para os pró­­­­ximos cinco anos. Tal orçamento é jus­­­tamente a razão pela qual o go­­­­verno pressiona pela capitalização.

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