A Petrobras divulgou, nesta quinta-feira (27), um comunicado a respeito de sua saúde financeira, após a notícia de que a estatal realizou um empréstimo de R$ 2 bilhões na Caixa Econômica Federal.

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Segundo a companhia, seu Plano de Negócios 2008 - 2012 prevê investimentos de USS 112,4 bilhões (média anual de US$ 22,5 bilhões), com necessidade de captações médias anuais de US$ 4 bilhões. "Com uma extensa carteira de projetos e excelentes perspectivas de crescimento, a Petrobras vem aumentando fortemente seus investimentos. Até setembro, no sistema Petrobras, foram investidos US$ 20,2 bilhões (resultados em conformidade com a legislação brasileira convertido pelo dólar médio do período), um crescimento de 32% (em dólar) em relação ao mesmo período do ano anterior.

A empresa diz ainda que, no curso de suas atividades operacionais e financeiras, sempre acessa os mercados de capitais e bancários nacionais e internacionais. "A companhia sempre analisa todas as alternativas de financiamento, buscando sempre as opções mais adequadas ao perfil de sua dívida, seja na parte de custos como nos prazos."

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De acordo com a Petrobras, em virtude das condições atuais do mercado financeiro internacional e a solidez do sistema financeiro nacional, as companhias brasileiras, incluindo ela própria, vêm utilizando com maior freqüência o mercado doméstico para suprir suas necessidades normais de financiamentos. "Além disso, a evolução do câmbio propicia melhores condições para captações no mercado interno, diminuindo a exposição da empresa a dívidas em dólar", diz a nota

A estatal reforça que seus lucros recordes no terceiro trimestre deste ano e no acumulado de 2008 de janeiro a setembro foram obtidos pelos "excelentes resultados operacionais (aumento da produção de óleo e gás natural, aumento da venda dos derivados e melhores preços)". Diz ainda que, até setembro, a geração de caixa em suas atividades operacionais totalizou R$ 34,7 bilhões, mais R$ 4,4 bilhões em financiamentos líquidos. Foram utilizados R$ 35,2 bilhões em atividades de investimento e pagamento de R$ 6,2 bilhões em dividendos, resultando em uma geração líquida negativa de R$ 2,3 bilhões e um caixa de R$ 10,8 bilhões no fim de setembro. Esses valores fazem parte das demonstrações contábeis da companhia, arquivadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e amplamente divulgadas ao mercado."

A Petrobras diz, entretanto, que parte do aumento no lucro líquido é reflexo da valorização do dólar. No terceiro trimestre houve um ganho financeiro de R$ 3,5 bilhões (variações cambiais sobre os ativos líquidos expostos) contra uma perda de R$ 1,2 bilhões no segundo trimestre de 2008, sem contudo representar maior geração de caixa para a companhia.

Em outubro, a empresa teve maiores gastos com impostos e taxas, com o recolhimento de mais de R$ 11,4 bilhões no mês passado. Parte desses pagamentos refere-se ao Imposto de Renda (IR) e Contribuição Social sobre o Lucro Líquida (CSLL), devido ao maior lucro líquido apurado no terceiro trimestre, e participações especiais calculadas com base no valor de pico do preço do petróleo. O faturamento bruto mensal médio nos nove primeiros meses de 2008 foi de R$ 17,3 bilhões. "É importante ressaltar que as captações efetuadas fazem parte do curso normal das atividades da empresa, que apresenta hoje baixos níveis de alavancagem financeira, permitindo aumento de captações sem comprometer a estrutura ótima de capital e a financiabilidade de seus projetos", afirma.

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