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A Petrobras fechou a semana como a quinta maior empresa do mundo em valor de mercado, apontou levantamento feito pela agência de notícias Bloomberg. Segundo a pesquisa, a estatal brasileira atingiu o valor de US$ 208 bilhões, ultrapassando as chinesas China Mobile, maior empresa de telecomunicações do mundo, e China Construction Bank, do ramo financeiro. A liderança do ranking permanece com a petroleira americana ExxonMobil.

Em reportagem divulgada ontem, a Bloomberg credita o bom desempenho da Petrobras às perspectivas de crescimento por causa do pré-sal. A analista de petróleo da corretora Ativa, Mônica Araújo, concorda, mas diz que há também impacto positivo da valorização do real. "A Petrobras vem apresentando bom desempenho em bolsa por conta da possibilidade de apropriação de reservas, mas o câmbio ajuda", comenta.

De fato, a moeda brasileira vem se valorizando fortemente nas últimas semanas, o que contribui para aumentar o valor de mercado da estatal em dólares. Segundo a Bloomberg, a empresa valia R$ 353,9 bilhões na sexta-feira da semana passada – o que, a um câmbio de R$ 1,70, garante os US$ 208 bilhões usados na comparação com empresas estrangeiras. A China Mobile estava cotada a US$ 203,8 bilhões e o China Construction Bank, em US$ 203,1 bilhões.

De todo modo, a valorização das ações durante o ano tem sido intensa: os papéis preferenciais da Petrobras subiram 60% em 2009, o maior ganho entre as 10 maiores empresas mundiais. "Há um efeito Brasil, um efeito óleo e, acima de tudo, há o maravilhoso potencial das descobertas em águas profundas. É uma combinação poderosa", disse à Bloomberg Bill Rudman, gestor da londrina Blackfriar Asset Management.

Apenas este ano, a estatal brasileira já ultrapassou empresas de porte em diversos setores, como Berkshire Hathaway, Procter & Gamble, IBM, Johnson & Johnson, BP, General Electric, Shell, JPMorgan Chase, BHP Billiton, Wal-Mart e HSBC. À sua frente, além da Exxon, com US$ 350,5 bilhões em valor de mercado, estão as chinesas Petrochina e Industrial & Commercial Bank of China, e a americana Microsoft.

Para Mônica, a tendência é que o bom desempenho da Petrobras se mantenha no médio prazo. "Temos agora um período de volatilidade causado pelas mudanças no marco regulatório, mas, considerando os aspectos operacionais, a tendência é positiva", avalia. A empresa já comunicou projeções de até 16 bilhões de barris de petróleo e gás no pré-sal, em apenas quatro descobertas avaliadas. Outros sete projetos ainda estão em avaliação, com possibilidade de ampliar as reservas.

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