A Petrobras contratou dois escritórios de advocacia para investigar as denúncias de superfaturamentos e irregularidades em contratos da estatal.
Segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, o custo dessa investigação, que corre paralelamente a da Polícia Federal, do MP e da Justiça Federal, será de R$ 19 milhões.
Graça explicou que foi contratado um escritório brasileiro chamado TRW, ao custo de R$ 6 milhões, e um americano, chamado Gibson Dunn, por US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 13 milhões no câmbio da última sexta) para a investigação interna. Os contratos terão vigência de um ano.
As informações foram dadas por Graça em teleconferência com analistas na manhã desta segunda-feira (17) para detalhamento do resultado operacional da companhia no terceiro trimestre.
Prejuízo
Graça não deu detalhes sobre o andamento das investigações, mas reafirmou, conforme a Petrobras já havia adiantado em comunicado, que a estatal irá buscar reaver os recursos desviados pelo esquema de corrupção. O jurídico da empresa já estaria, segundo a presidente, trabalhando em forma de recuperar os valores desviados.
"Onde houver identificação de prejuízo, nós vamos buscar esses prejuízos. A diretoria jurídica já vem trabalhando, e não cabe comentar para não criar antídotos, para que haja retorno para o caixa da companhia. É algo de que temos sido cobrados pelo nosso Conselho de Administração, para buscar de volta o que pagamos além do normal".
Na mesma ocasião, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Miranda Formigli, afirmou que no momento em que as investigações estão, não há a previsão de interrupção de projetos com suspeita de superfaturamento.
"[Os projetos com suspeita de superfaturamento] vão ser corrigidos, mas a priori não vão ser interrompidos. O impacto é em novas contratações. No que tem no passado, a menos que haja casos concretos que vão impactar o processo licitatório, não vamos interromper projetos", disse Formigli.
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