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São Paulo - O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, informou ontem que a meta de US$ 55 bilhões (R$ 93 bilhões) de investimento previsto para este ano não será alcançada pela estatal. "Vamos realizar [investimento] um pouco abaixo do que foi projetado para o ano, algo como 10% a 15% a menos", disse o diretor-financeiro, após participar do Fórum Econômico Brasileiro promovido pela Bloomberg, em São Paulo.

No ano passado, o plano de US$ 45 bilhões (R$ 76 bilhões) também não foi completamente cumprido. O diretor também disse que ficou abaixo entre 10% e 15% da meta. Barbassa alegou dificuldades em alocar capital para bancar esses projetos. "Suprir de capital uma empresa e um plano de negócios não é brincadeira", afirma.

Embora tenha dito que alocar capital é um desafio, ele afirmou que a estatal tem conseguido acessar recursos para investimentos, além de contar com uma robusta geração de caixa. Neste momento, a Petrobras tem US$ 35 bilhões em caixa, disse. Antes, no debate, ele também falou de dificuldades em mobilizar fornecedores de bens e serviços, além da necessidade de formação da mão de obra para tocar o plano.

Segundo Barbassa, a Petrobras tem 680 projetos com orçamento superior a US$ 25 milhões. "Há outros tantos projetos, com número superior aos 680, se considerarmos empreendimentos que tem demanda inferior a US$ 25 milhões", disse.

A Petrobras pode, segundo Barbassa, voltar a fazer captações em moeda estrangeira ainda neste ano. A estatal acaba de fechar uma operação desse tipo, quando obteve US$ 6 bilhões. A estimativa do diretor-financeiro é a de acessar mercado de dívida em outras moedas, como euro e libra. O objetivo é diversificar as fontes, disse. Barbassa calcula que a estatal ainda tenha um limite equivalente de US$ 2 bilhões em outras moedas internacionais que podem ser captados.

Gasolina

Barbassa ainda disse ontem que a estatal não fará qualquer alteração no preço da gasolina devido à volatilidade do preço do barril de petróleo no mercado internacional. "Não há perspectiva de mudança no preço da gasolina porque ainda não temos essa situação [do Oriente Médio] definida", disse o diretor ao sair do Fórum Econômi­co Brasileiro.

O diretor financeiro acrescentou que a Petrobras não irá mudar um dos critérios da política de reajuste de preços da gasolina e do diesel. "A política é não aumentar preço da gasolina e do diesel em função de alterações conjunturais. Só aumentamos quando percebemos que há uma mudança no estado das coisas", afirmou.

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