• Carregando...

A Petrobras deve aumentar a produção de petróleo em 480 mil de barris por dia até meados de 2008, com novas plataformas atingindo o pico de atividade em no máximo mais um ano, disse nesta segunda-feira o diretor de Relação com Investidores da estatal, Almir Barbassa.

"Em setembro, agosto (de 2007), entra em operação (o campo) Golfinho 2 (com capacidade de produção de 100 mil barris/dia). Tem o Piranema, no Nordeste, com 20 mil barris/dia. E ainda tem a P-52 (inaugurada recentemente) e a P-54, isso dá 480 mil barris/dia de capacidade adicional", afirmou Barbassa a jornalistas, antes de fazer uma apresentação no 9º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais.

"Isso é mais do que um quarto da capacidade de produção atual, de 1,8 milhão de barris/dia (na média do ano), e vai atingir o pico em meados do ano que vem", acrescentou Barbassa.

Durante a sua apresentação, o diretor afirmou que apenas a P-52 "vai gerar de caixa para a companhia, depois de impostos, o valor da construção dela a cada dez a doze meses."

A P-52, quase que inteiramente construída no Brasil, orçada inicialmente em 906 milhões de dólares, custou ao final cerca de 20 por cento a mais, ou 1,1 bilhão de dólares.

Barbassa disse ainda que os custos de produção e refino do petróleo da Petrobras estão mais altos por conta da queda do dólar.

"Do lado real, o crescimento de custos não é tão grande", disse ele, acrescentando que "há sinais" de estabilização dos valores gastos.

"Isso já está acontecendo", completou ele, lembrando que os dados sobre redução de custos ainda são dispersos.

Ele lembrou que a Petrobras tem trabalhado fortemente para reduzir os custos, e por isso já está buscando no mercado novas cotações para a construção da P-55 e P-57.

Com a entrada em operação das plataformas previstas para este ano, a tendência é de os gastos sejam reduzidos, e de que a receita aumente.

"Isso vai garantir um ciclo de crescimento até meados do ano que vem, e as ações vão responder", declarou Barbassa, observando que há dois fatores relacionados aos valores dos papéis da empresa: o preço do petróleo e o volume produzido.

"Então como a produção deve crescer, eu acho que haverá valorização (das ações)."

Greve

Sobre a greve dos petroleiros anunciada pelos empregados para o dia 5 de julho, Barbassa disse que a empresa não foi oficialmente comunicada e está em processo de negociação com a categoria.

Como a greve não foi comunicada, o diretor disse que a empresa não trabalha com eventuais problemas na produção.

Questionado sobre uma suposta ingerência do governo nos planos da companhia, Barbassa negou.

Segundo ele, os projetos da Petrobras incluídos no PAC (Plano de Aceleração de Crescimento) já faziam parte do planejamento estratégico da companhia.

"Hoje a Petrobras é um modelo de empresa híbrida, entre o corporativo e o estatal. É um sucesso", disse ele, lembrando que países como Equador e Colômbia querem seguir os caminhos da estatal.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]