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A Bolsa brasileira fechou em alta pelo terceiro pregão seguido nesta quarta-feira (4) com ajuda das ações da Petrobras, que subiram diante da renúncia de Graça Foster à Presidência da estatal. No mercado cambial, o dólar subiu em relação ao real após dados de emprego dos Estados Unidos reforçarem a percepção de que o banco central americano poderá aumentar os juros no primeiro semestre deste ano.

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, fechou com alta de 1,41%, para R$ 2,746, o maior valor desde 15 de março de 2005, quando a moeda fechou cotada a R$ 2,771. No ano, o dólar à vista acumula valorização de 3,70%. Em 12 meses, o avanço é de 13,9%.

O dólar comercial, usado em transações no comércio exterior, teve avanço de 1,78%, para R$ 2,742, maior patamar desde 23 de março de 2005, quando encerrou a R$ 2,750. No ano, a moeda sobe 3%, e em 12 meses, 13,5%.

Petrobras

As ações da Petrobras fecharam em alta pelo terceiro dia seguido, após a presidente Graça Foster confirmar a renúncia ao comando da estatal. Os papéis preferenciais da empresa, os mais negociados, subiram 0,20%, para R$ 10,02. Já os papéis ordinários, com direito a voto, tiveram valorização de 1,12%, para R$ 9,90.

Desde sexta-feira, as ações preferenciais da Petrobras acumulam valorização de 22,5%. Os papéis ordinários têm ganho de 23,13%. Com a alta nos últimos dias, os papéis preferenciais da empresa zeraram as perdas no ano. Os ordinários sobem 3,23%.

Em 12 meses, os papéis preferenciais da estatal caem 28,9%. Os ordinários têm queda de 25,4%.

Logo após a confirmação da saída de Graça, os papéis preferenciais da estatal chegaram a subir 7,80% e os ordinários, 8,27%, mas perderam força ao longo do pregão.

Em comunicado divulgado na manhã desta quarta, a empresa informou que o conselho de administração da estatal se reunirá na próxima sexta-feira (6) para eleger nova diretoria.

"As ações tiveram um desconto muito grande no preço após os investidores perderem a confiança nos diretores da empresa. Não que eles agissem de má fé, mas, por melhor que fossem, perderam a credibilidade do mercado", afirma Marcio Cardoso, sócio-diretor da Easynvest Corretora.

"Quando a empresa anuncia que vai trocar a administração, sinaliza para o mercado que quer chegar próximo de uma transparência um pouco melhor do que a que teve até agora", completa. Para Cardoso, o escolhido deve ser um bom gestor e alinhado com o mercado. "Ninguém vai assumir sem saber o tamanho do buraco", diz.

Bolsa

O Ibovespa encerrou a quarta-feira com alta de 0,69%, para 49.301 pontos. Das 68 ações negociadas, 27 subiram e 41 caíram. O giro financeiro no pregão foi de R$ 8,04 bilhões, acima da média diária negociada, que é de R$ 6,36 bilhões, até o dia 3.

A maior alta do índice ficou com as ações do Banco do Brasil, com avanço de 6,95%. Os papéis da Estácio vieram na sequência, com ganho de 5,88%.

No sentido contrário, as ações da Vale fecharam em baixa nesta quarta-feira, após três pregões seguidos de alta. Os papéis preferenciais da mineradora caíram 1,27%, para R$ 17,82. As ações ordinárias tiveram baixa de 1,53%, para R$ 20,55.

No exterior, a China decidiu nesta quarta-feira cortar os compulsórios, volume de dinheiro que os bancos devem manter como reservas. É o primeiro corte abrangente para o setor em mais de dois anos e meio, conforme aumenta esforços para fortalecer o crescimento da segunda maior economia do mundo.

A taxa de compulsório será reduzida em 0,5 ponto percentual, disse o Banco do Povo da China em comunicado em seu site. O corte entrará em vigor a partir de 5 de fevereiro e levará a taxa de compulsório para grandes bancos a 19,5%.

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