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A Petrobras e o governo do Rio de Janeiro chegaram na manhã desta segunda-feira (10) a um acordo para que a estatal assuma a área do antigo estaleiro Ishibrás, no Caju, zona portuária da cidade. A informação foi dada pelo governador Sérgio Cabral, que participou de um seminário sobre a indústria naval fluminense na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Em seu discurso, Cabral contou que se reuniu com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e outros executivos da empresa no início da manhã, quando ouviu uma pauta de reivindicações da estatal em relação a questões tributárias. "Estamos às vésperas, na iminência de a Petrobras assumir o estaleiro. Está tudo certo", afirmou o governador.

O governo do Estado solucionou questões relativas a créditos tributários, que impediam a reabertura do estaleiro, que voltará a se chamar Estaleiro Inhaúma, nome que tinha antes de se tornar Ishibrás. Segundo Cabral, a Petrobras negociará agora com a prefeitura uma redução do Imposto sobre Serviços (ISS) sobre as operações no local. A companhia quer uma redução da alíquota dos atuais 5% para 2%.

A área hoje é parcialmente usada pela empresa Sermetal - que processa aço para outros estaleiros às margens da Baía de Guanabara - e pela empresa de logística Bric Log. Segundo o acordo fechado hoje, a Sermetal se transferirá para a área da Bric Log, que continuará ocupando um pedaço do canteiro. O restante, incluindo o dique seco, será arrendado à Petrobras.

A companhia deve conceder a área para uma empresa especializada na construção de embarcações, modelo semelhante ao que vem sendo utilizado no estaleiro São Roque do Paraguaçu, na Bahia, que será operado pela Odebrecht. Além disso, a estatal deve usar as instalações como um hub de peças e equipamentos de reposição, informou Cabral.

A expectativa do governo do Estado é de que o novo estaleiro gere 5 mil empregos, com foco na conversão de navios em plataformas de petróleo. O Ishibrás é considerado uma das melhores instalações existentes do País, mas necessita de investimentos em modernização, que devem somar entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões, segundo estimativa do secretário estadual de desenvolvimento, Júlio Bueno. O governo do Estado quer ainda que a empresa adie novamente a licitação das sondas de perfuração, para permitir que o Estaleiro Inhaúma esteja apto para participar da disputa.

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