Petroleiros de todo o país paralisam as atividades a partir de terça-feira (16). A decisão foi confirmada após audiência da Frente Nacional de Petroleiros, Via Campesina, e a Assembléia Popular, nesta segunda-feira (15), com o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
O grupo exige o cancelamento da 10ª Rodada de Licitações de Blocos para a Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural, marcada para a próxima quinta-feira (18). A reivindicação, porém, não foi atendida pelo governo.
O secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria do Petróleo do Estado do Rio de Janeiro (Sindipetro) e integrante da Frente Nacional de Petroleiros (FNP), Emanuel Cancella, disse que o setor de operação será o mais prejudicado, com a paralisação de 30 mil empregados. No total, são 50 mil petroleiros no país.
Cancella ressaltou que além do cancelamento dos leilões, eles reivindicavam a mudança no marco regulatório do petróleo. "Queremos que prevaleça a soberania nacional. As descobertas recentes da Petrobras envolvem trilhões de dólares. Essas reservas estratégicas precisam ser investidas na qualidade de vida dos brasileiros e não ser abertas às empresas estrangeiras".
A integrante da coordenação da Via Campesina Maria José da Costa disse que o movimento saiu insatisfeito, pois o governo não cogitou discutir o cancelamento dos leilões. "Continuaremos a paralisação e entraremos em todos os prédios que forem preciso", afirmou.
O secretário executivo disse que os os leilões estão sendo realizado dentro do marco legal vigente e que as reivindicações serão encaminhadas ao ministro, mas que o cancelamento de um leilão não cabe apenas ao ministério. "Os leilões são aprovados pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) que assessora a presidência da república e é integrado por 10 ministros", destaca Zimmermann.
Os manifestantes ocupavam o saguão do Ministério de Minas e Energia desde as 7h30.
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