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Funcionários da Petrobrás fizeram ontem uma paralisação de advertência de 24 horas e ameaçaram declarar greve por tempo indeterminado se a estatal não atender as propostas da categoria, o que resultaria em diminuir a produção para 30% da capacidade. A paralisação ocorre em três etapas diferentes, até 10 de maio, e deve envolver os cerca de 40 mil empregados da Petrobrás. O objetivo é pressionar a estatal, que não atende, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), reivindicações feitas há um ano e meio. No Paraná, as unidades da Petrobrás devem parar no dia 8. A empresa não se pronunciou sobre o assunto.

Os servidores querem implementação de novo plano de cargos e salários retroativo a 2006 e defendem a valorização dos cargos e novas regras de reenquadramento, mobilidade na tabela salarial e descrição dos cargos. "O principal ponto é a progressão da carreira. O plano precisa ter promoção por antigüidade ou merecimento. Existem pessoas que estão há oito anos sem progredir", explica Anselmo Ruoso Jr., presidente do Sindicato dos Petroleiros do Paraná e de Santa Catarina (Sindipetro PR/SC), que reúne 1.750 funcionários dos 2.100 da região.

Ontem funcionaram em operação-padrão as bases na bacia de Campos, no Rio de Janeiro, que envolve 36 plataformas, as refinarias de Duque de Caxias e a Regap, em Minas Gerais, que somam cerca de 10 mil funcionários. Foram executadas apenas as atividades que permitem o funcionamento das estruturas em segurança.

No dia 8 de maio é a vez do Paraná aderir ao movimento. Param por 24 horas a Repar, em Araucária, a Unidade de Xisto, em São Mateus do Sul, e os terminais da Transpetro, subsidiária da Petrobrás, em Paranaguá. No resto do país, paralisam as atividades a Replan, em Campinas (SP), as refinarias de Manaus, as áreas de produção do Rio Grande do Norte, além de funcionários de São Paulo, Pernambuco e campos de produção do Espírito Santo.

A terceira paralisação de advertência, no dia 10, será em Santa Catarina, que deixa em operação-padrão os terminais da Transpetro de Biguaçu, Guaramirim, São Francisco do Sul e Itajaí. No mesmo dia, funcionários das bases de produção, refinarias e fábrica de fertilizantes da Bahia, da Refap, no Rio Grande do Sul, Recap, em Mauá, na Grande São Paulo, e áreas administrativas do Rio Grande do Norte e Espírito Santo, além do edifício-sede em São Paulo, também aderem à paralisação.

Os petroleiros são organizados em 12 sindicatos, ligados à FUP. Hoje, os funcionários voltam a se reunir com representantes da Petrobrás, mas o calendário de greve não deve parar. "Vai ser muito difícil chegarmos a um acordo e cancelarmos qualquer indicativo de greve, por causa da postura da empresa", explica Ruoso Jr., presidente do Sindipetro PR/SC.

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