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A forte queda que o petróleo vem sofrendo nos últimos dois meses deve acabar em breve, já que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) vai provavelmente reduzir a produção quando os preços ficarem abaixo de US$ 100 o barril, disse na quarta-feira o chefe de pesquisa de commodities para o Credit Suisse.

Reduções de produção devem manter os preços entre US$ 100 e 110 pelo resto do ano, disse Tobias Merath à Reuters em entrevista.

"No petróleo, acho que a maior parte da correção ficou para trás", disse Merath. "Acho que pode testar os US$ 100 ou cair levemente abaixo disso em duas semanas, mas não deve permanecer abaixo de US$ 100 em uma base sustentada".

O petróleo caiu mais de US$ 6 desde sexta-feira, atingindo o menor patamar em cinco meses após sinais de que o furacão Gustav, enfraquecido, causou poucos estragos às instalações petroliíferas.

Na quarta-feira, por volta das 10h35, o petróleo caía US$ 1,45, para US$ 108,26, uma forte queda desde o alta recorde de 11 de julho de US$ 147,27.

Merath afirmou que uma demanda mais fraca para o petróleo dos Estados Unidos e de países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nos últimos meses compensou a demanda maior de mercados emergentes, mantendo o consumo geral estável.

"Ao mesmo tempo, países da Opep estão produzindo uma boa quantidade de petróleo desde março e isso aparentemente está funcionando. Mas no momento que o petróleo cair abaixo de US$ 100, eles serão rápidos em reduzir a produção", disse ele. "Esperamos uma recuperação nos preços do petróleo em 2009. Estimamos que os preços ficarão entre US$ 115 e 120 em 2009".

A Opep vai se reunir em 9 de setembro em Viena. Especialistas estimam que o grupo vai deixar inalterado os objetivos formais de produção, mas há pedidos dentro do grupo para reter a produção acima dos tetos oficiais.

GRÃOS

Merath afirmou ainda que o panorama para grãos e oleaginosas permanece positivo, com ganhos de mais de 10% esperados até o final do ano que vem. Os preços dos metais industriais vão permanecer fracos até o final deste ano e devem começar a se recuperar apenas quando o crescimento econômico mundial começar a melhorar no ano que vem.

"Achamos que a crise alimentar ainda não acabou. O mercado está falando demais dos efeitos positivos de boas safras. Sim, há boas safras, mas não devemos esquecer que temos enchentes no Meio-Oeste e condições climáticas adversas na Austrália", disse ele.

"Para o trigo, milho e soja, esperamos que o mercado fique ao menos 10% acima dos níveis atuais até o final do ano que vem", disse ele.

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