O preço do barril de petróleo encostou nos US$ 100 nesta quarta-feira, devido aos temores ligados às reservas e à persistente queda do dólar. Porém, ao fim do dia, começou a declinar devido à realização de lucros até fechar em baixa. O barril de WTI para entrega em janeiro chegou a US$ 99,29 no Nymex (New York Mercantile Exchange), batendo o recorde absoluto que era de US$ 98,62. Ao fim da sessão recuou e fechou com perda de 0,75%, cotado a US$ 97,29. Em Londres, o barril de Brent para entrega em janeiro recuou 0,68%, a US$ 94,84. Porém, durante a sessão também bateu seu recorde "intraday", a US$ 96,53.
Entre os principais fatores que explicam os preços atuais, os analistas citam os riscos de escassez no mundo e os temores de um inverno rigoroso que aumente a demanda. A Agência Internacional de Energia (AIE), preocupada desde o verão no Hemisfério Norte com o baixo nível das reservas mundiais, vem falando com certa freqüência deste risco.
O Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos intensificou a incerteza do mercado ao anunciar nesta quarta-feira uma queda de 1,1 milhão de barris das reservas de petróleo. Além disso, uma refinaria americana de Valero, em Memphis (Tennessee) foi fechada temporariamente, e um incêndio paralisou uma instalação da Shell em Alberta (Canadá).
Mas esta explicação pode ser somente psicológica, pois a Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) afirma que o mercado está bem abastecido. O cartel fornece 40% do petróleo consumido no mundo.
Estudo
A alta no preço do petróleo e a crise imobiliária nos EUA motivaram uma piora nas expectativas para o desempenho da economia latino-americana, inclusive no Brasil, nos próximos seis meses. O Índice de Clima Econômico (ICE), divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Instituto Alemão IFO, recuou para 5,6 em outubro, ante 5,9 em julho. No Brasil, o ICE passou de 7,2 para 6,5 no período. Pelos critérios do índice, avaliações abaixo no nível 5 indicam maior pessimismo; acima deste patamar, otimismo. A pesquisa mostrou que os países latino-americanos têm sido menos afetados pela crise do que o resto do mundo.
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