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Os preços do petróleo fecharam em baixa nesta terça-feira (28) em Nova York, em um mercado preocupado com a fragilidade da demanda mundial, especialmente após a publicação de indicadores pouco alentadores nos Estados Unidos.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em abril perdeu 2,01 dólares em relação a segunda-feira no New York Mercantile Exchange (Nymex), e fechou em 106,55 dólares.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril fechou em 121,55 dólares, em queda de 2,62 dólares em relação à segunda-feira.

Assim, os preços do petróleo continuavam o marcado movimento de correção iniciado na segunda-feira, após uma alta quase ininterrupta desde fevereiro, que na sexta-feira culminou nos níveis mais altos desde maio de 2011.

"Começamos a ver cerca preocupação" do mercado, disse Bart Melek, da TD Securities. "A economia americana talvez não seja tão sólida quanto parece, como mostram as cifras de pedidos de bens duráveis, que não foram tão positivas como desejávamos".

As ordens de bens duráveis caíram 4% em janeiro nos Estados Unidos, depois de três meses consecutivos de alta, o que representa uma redução três vezes maior que a esperada pelos analistas.

Por outro lado, a confiança dos lares americanos melhorou consideravelmente em fevereiro e alcançou seu nível mais alto em um ano, apesar de uma queda dos preços das moradias em dezembro, uma tendência que se repete pelo oitavo mês consecutivo.

Os investidores se preocupam também com o aumento atual dos preços do petróleo e das repercussões que isso pode ter nos consumidores.

"Com níveis semelhantes, os preços do petróleo podem prejudicar o crescimento (...) e a economia mundial", completou Melek. "Isso poderá se traduzir na queda da demanda", completou.

No entanto, os preços do petróleo não deverão retroceder de forma prolongada, pois o mercado está sustentado pelas crescentes tensões geopolíticas entre os países do Ocidente e o Irã, que ameaçou interromper seu fornecimento de petróleo à Europa.

Além disso, a nova operação de crédito de três anos para as instituições financeiras da Zona Euro, que será fechada nesta semana pelo Banco Central Europeu, "poderá aportar um novo fluxo de liquidez ao mercado e impulsionar os preços do barril", dirigindo os investidores para as matérias-primas, afirmaram especialistas do Commerzbank.

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