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O preço dos contratos futuros do petróleo fechou em alta, acima de US$ 78 por barril, puxado por indicadores econômicos mais fortes que o previsto nos EUA, embora receios com relação à sustentabilidade da recuperação econômica ainda pairem sobre o mercado.

O contrato do petróleo para dezembro negociado na New York Mercantile Exchange subiu US$ 1,13, ou 1,5%, para US$ 78,13 por barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent para dezembro avançou US$ 1,35, ou 1,8%, para US$ 76,55 por barril.

Mais cedo, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou que os gastos com construção aumentaram em 0,8% no país em setembro em relação ao mês anterior, contrariando as previsões de analistas, que esperavam declínio de 0,1%. Ainda no setor imobiliário, o índice de vendas pendentes de imóveis residenciais dos EUA cresceu 6,1% em setembro, para 110,1 pontos, de 103,8 pontos em agosto, de acordo com a Associação Nacional de Corretores de Imóveis do país (NAR, na sigla em inglês). Este foi o oitavo aumento consecutivo do índice. Analistas consultados pela Dow Jones esperavam um avanço de 0,7%.

Além disso, o índice de atividade industrial dos EUA medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, em inglês) subiu para 55,7 pontos em outubro, de 52,6 em setembro e de 52,9 em agosto. A leitura de outubro superou a previsão de analistas, que esperavam aumento para 53,3 pontos.

No entanto, o fato de a melhora no setor imobiliário aparentemente ter sido motivada por um crédito fiscal do governo dos EUA que termina no quarto trimestre gerou receios quanto ao vigor da recuperação econômica, pesando sobre os mercados de ações e também sobre os preços do petróleo.

Ao longo da sessão, o contrato do petróleo para dezembro chegou a recuar para US$ 76,56 por barril na Nymex - menor preço desde 15 de outubro.

O petróleo também reagiu aos movimentos do dólar, que recuou no fim do dia, mas devolveu parte das perdas em relação ao euro anteriormente, pressionando os contratos futuros da commodity. O preço do petróleo geralmente sobe quando o dólar cai, já que o barril fica mais barato para investidores que detêm outras moedas.

"Esses dois componentes (ações e dólar) mudaram de direção e o petróleo foi junto", disse Peter Donovan, da Vantage Trading em Nova York. "Andar junto com o dólar no nosso mercado agora é algo comum."

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