Os preços do petróleo seguiram sua tendência de alta nesta sexta-feira (9) em Nova York, em um mercado que comemorou os dados de emprego nos Estados Unidos, apesar de persistir a preocupação em relação à demanda mundial.

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O barril de "light sweet crude" (WTI) com entrega em abril avançou 82 centavos em relação ao fechamento de quinta-feira, para fechar em 107,40 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex).

Depois de uma abertura com perdas e um início de pregão hesitante, os dados positivos de emprego nos Estados Unidos, indicadores do estado da economia americana, "entusiasmaram o mercado", constatou Phil Flynn, da PFG Best.

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Os Estados Unidos registraram em fevereiro um novo mês com diversas contratações, apesar de não terem sido suficientes para reduzir a taxa de desemprego, que continuou estável em seu mínimo em três anos, de 8,3%, algo que alguns observadores atribuem a desempregados que haviam deixado de buscar trabalho mas retornaram às buscas por conta do maior otimismo.

A criação de 227.000 postos de trabalho em fevereiro, um indício sobre o consumo, foi comemorado pelo presidente Barack Obama, que afirmou nesta sexta-feira que a economia do país "está se fortalecendo".

No entanto, a tendência de alta foi freada por uma alta maior que o esperado do déficit comercial dos Estados Unidos, que se acentuou fortemente em janeiro, atingindo seu pico desde 2008, aos 52,6 bilhões de dólares.

"Isso preocupa, porque o mercado se dá conta de que a escalada dos preços do petróleo tem um impacto real" na demanda, informou Flynn.

Estas preocupações, no entanto, foram acentuadas pelo anúncio de sexta-feira da revisão para baixo da previsão da demanda mundial de petróleo de 2012 pelo segundo mês consecutivo pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep).

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Em seu relatório mensal, a Opep avaliou em 88,62 bilhões de barris diários (mdb) a demanda de petróleo em 2012 contra uma previsão de 88,76 mbd há um mês. Isso ainda representa uma alta de 0,86 mdb sobre 2011, quando a demanda alcançou os 87,77 mdb, segundo um número também levemente revisado para baixo.

"O frágil crescimento nas economias da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) afeta negativamente a demanda de petróleo", disse a entidade em seu relatório.

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