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Fraude no INSS

PF descobre aposentadorias indevidas que podem ter desviado R$ 56,6 milhões

Fraude INSS
Esquema descoberto no DF utilizava vínculos empregatícios simulados e documentos falsificados para a concessão de aposentadorias. (Foto: divulgação/Previdência Social)

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A Polícia Federal cumpre 17 mandados de busca e apreensão nesta quarta (7), no Distrito Federal, contra um grupo que pode ter desviado R$ 56,6 milhões de aposentadorias indevidas do INSS.

A apuração faz parte da Operação DeLorean, que investiga um esquema criminoso que teria fraudado a Previdência Social ao conceder aposentadorias indevidamente com o uso de vínculos empregatícios simulados e documentos falsificados. Pelo menos 232 benefícios irregulares foram identificados.

A operação ocorre um dia depois de uma outra ter descoberto um esquema que utilizava pessoas fictícias em Minas Gerais para desviar recursos do INSS.

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De acordo com as primeiras informações da operação, as fraudes ocorreram entre os anos de 2014 e 2023, por meio da transmissão extemporânea da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP) por empresas ligadas a contadores investigados.

Dois advogados também são suspeitos de usar documentos falsos em ações judiciais para viabilizar os benefícios. Além do prejuízo estimado de R$ 56,6 milhões, a autoridade apurou um risco de danos futuros superiores a R$ 200 milhões.

A descoberta deste novo esquema ocorre quase duas semanas depois de uma operação revelar um grande esquema de descontos assistenciais indevidos de aposentados e pensões que pode passar de R$ 6 bilhões, e levou à demissão do ministro Carlos Lupi, da Previdência, e do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto – além de uma grave crise para o governo, que agora se vê em meio à instalação de uma CPMI no Congresso Nacional.

Além do esquema, que teve a participação de entidades assistenciais e a possível conivência e pagamento de propina a servidores do INSS, a investigação está avançando para empréstimos consignados que teriam sido contratados irregularmente.

Por outro lado, o governo corre para encontrar uma solução para ressarcir os aposentados e pensionistas atingidos pelas fraudes. Há a possibilidade da devolução em breve de R$ 2 bilhões relativos a bens apreendidos das entidades e sócios suspeitos, com depósito automático segundo o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior.

No entanto, esse montante não é suficiente para cobrir todo o rombo das contas dos beneficiários, que deve ter a injeção de dinheiro do Tesouro para ressarcir os aposentados e pensionistas.

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