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Com o intuito de brecar o fluxo crescente de produtos contrabandeados na época do fim do ano, a Receita Federal iniciou ontem a Operação Advento, na região da Tríplice Fronteira, em Foz do Iguaçu. De acordo com Fausto Vieira Coutinho, subsecretário de Aduana e Relações Internacionais da Receita, a região de Foz concentra 40% da entrada de produtos contrabandeados no país. De janeiro a agosto de 2009, foram apreendidos US$ 63,1 milhões. Estima-se que até o fim do ano chegue a mais de US$ 84 milhões.

Será uma das maiores operações dos últimos anos, com uso de dois helicópteros com alta tecnologia de rastreamento e uso intensivo de funcionários. A operação termina no fim do ano. A ação visa "proteger a indústria nacional, proteger o comércio formal, evitar a intensificação de produtos falsos e inclusive nocivos à segurança nacional, como é o contrabando de armas e munições", afirmou Otacílio Cartaxo, secretário da Receita.

A Receita divulgou dados de apreensão de janeiro a agosto de 2009 nas regiões de fronteira seca. Nesse período, foram apreendidos R$ 880 milhões, aumento de 26,6% em relação à mesma época do ano passado. Foram 3.681 veículos apreendidos, aumento de 37,3% em relação a 2008. Foram apreendidas ainda pela Receita 134 armas e mais de 13 mil munições.

Segundo o subsecretário, comparando com dos dados de 2008, houve aumento de 88% da apreensão de bolsas e acessórios, 35% de cigarros e 43% de armas apreendidas. No total, houve aumento de 30% nas apreensões. "Com a crise, 10% de todo o comércio internacional de bens ficou estancado. Com isso há uma tentativa de colocação desse estoque de mercadorias dentro dos países consumidores", afirmou Cou­­tinho.

A Fazenda firmou também um convênio com a Polícia Fede­­ral para, em parceria, fazer 20 operações de grande porte ao longo de 2010. "O trabalho com Po­­lícia Federal não era institucionalizado. Com o convênio estamos institucionalizando a relação", afirmou Coutinho. O convênio prevê cooperação em três níveis – informações, operações conjuntas e capacitação.

Para incentivar a permanência de auditores em áreas de fronteira, a Receita está negociando vantagens financeiras para quem está alocado nessas regiões.

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