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Rio de Janeiro – O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,9% no ano passado. O resultado superou um pouco as estimativas de mercado, que indicavam avanço de 2,7%. Foi influenciado pelo crescimento do consumo das famílias (3,8%) e do investimento (6,3%) e puxado pelo desempenho do quarto trimestre. A recuperação no fim do ano deverá gerar um efeito positivo sobre 2007, mas ainda não garante o crescimento de 4,5% a 5%, esperado pelo governo. As projeções são de aumento do PIB entre 3,5% a 4% para este ano.

Com a taxa de 2006, o crescimento médio do PIB brasileiro foi de 2,6% no governo Lula, idêntica à do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso e superior aos 2,1% do segundo. Nos últimos quatro anos, contudo, aumentou a diferença entre o crescimento brasileiro e o da economia mundial.

A distância do crescimento do país no governo Lula comparada ao do resto do mundo foi a segunda maior da história, atrás apenas da alcançada no governo Collor, conforme trabalho do professor do Instituto de Economia da UFRJ Reinaldo Gonçalves. Levando em conta apenas o ano passado, o crescimento estimado para os países emergentes, de 6,5%, pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), é mais do que o dobro do aumento registrado pelo Brasil.

Tanto o consumo das famílias quanto os investimentos estão crescendo por três anos consecutivos no país e têm impulsionado a economia, explica o coordenador de contas nacionais do IBGE, Roberto Olinto. Redução dos juros, aumento do crédito para empresas e o câmbio baixo, que estimulou a importação de máquinas, favoreceram a expansão dos investimentos. Já o consumo das famílias foi estimulado pelo crescimento da massa salarial (5,6%) e do volume de crédito para pessoa física (29,9%).

Os demais componentes da demanda do PIB cresceram assim: consumo do governo, 2,1%; exportação, 5%; e importação, 18,1%. O crescimento das vendas externas no ano anterior havia sido de 11,6% e das importações, 9,5%. Na prática, pela primeira vez desde 2000, a setor externo gerou contribuição negativa (-1,4 ponto porcentual) para o PIB em 2006 enquanto a interna provocou impacto positivo de 4,2 pontos.

"O volume importado de bens e serviços cresceu muito mais do que as exportações. Além do efeito do câmbio mais baixo, quando a demanda acelera você acaba gerando mais importações para atender o consumo", explica a gerente de contas nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Por setores, a agropecuária mostrou recuperação e cresceu 3,2%, depois da modesta taxa de 0,8% do ano anterior, marcado por quebras de safra e problemas como a febre aftosa. A indústria avançou 3% e o setor de serviços, 2,4%.

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