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A economia dos Estados Unidos se contraiu em um ritmo mais acelerado que o esperado no primeiro trimestre, pressionada por quedas acentuadas nas exportações e nos estoques empresariais, mostraram dados do governo nesta quarta-feira.

O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano, que mede a produção total de bens e serviços dentro do país, recuou 6,1 por cento a uma taxa anualizada, informou o Departamento de Comércio, após contração de 6,3 por cento no quarto trimestre.

Analistas consultados pela Reuters previam uma queda do PIB de 4,9 por cento no primeiro trimestre. É a primeira vez desde 1974-1975 que o PIB dos EUA cai por três trimestres consecutivos.

O relatório preliminar do Departamento de Comércio mostrou que os estoques empresarias tiveram queda recorde de 103,7 bilhões de dólares no primeiro trimestre, enquanto as empresas buscaram reduzir os inventários de bens não vendidos em seus depósitos.

Esse dado provocou uma baixa de 2,79 pontos percentuais no número geral do PIB. Excluindo estoques, o PIB se contraiu em 3,4 por cento.

No entanto, a queda dos estoques é um efeito positivo, uma vez que sugere que o ciclo de correção dos inventários pode ter acabado. As exportações decaíram 30 por cento, maior declínio desde 1969, após baixa de 23,6 por cento no quarto trimestre.

O recuo das exportações respondeu por uma baixa de 4,06 pontos percentuais do PIB, a maior já registrada.

O investimento empresarial exibiu queda recorde de 37,9 por cento no primeiro trimestre, enquanto o investimento do setor imobiliário afundou 38 por cento, maior declínio desde o segundo trimestre de 1980.

Mas existem alguns sinais de esperança no relatório. O consumo, que equivale a dois terços da atividade econômica dos EUA, avançou 2,2 por cento, após o colapso do segundo semestre do ano passado. O consumo foi impulsionado por um salto de 9,4 por cento nas compras de bens duráveis, primeira alta após quatro trimestres de declínio.

O Departamento de Comércio informou que o pacote de resgate do governo de 787 bilhões de dólares, aprovado em fevereiro, teve pouco impacto sobre o PIB nos três primeiros meses do ano.

Parte desse estímulo foi direcionado para respaldar gastos dos governos federal e estaduais, que caíram 3,9 por cento no primeiro trimestre, maior queda desde o segundo trimestre de 1981.

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