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São Paulo - O Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) manteve ontem, por unanimidade, sua taxa de juros no patamar em que se encontra desde dezembro do ano passado, uma margem de variação entre zero e 0,25%. Trata-se da terceira reunião consecutiva em que o Fed mantem a taxa no menor nível de sua história. A decisão foi tomada no mesmo dia em que o governo dos Estados Unidos apresentou a primeira estimativa sobre o desempenho da economia do país no primeiro trimestre deste ano: o Produto Interno Bruto (PIB) sofreu uma contração de 6,1% na taxa anualizada, após uma queda de 6,3% no quarto trimestre de 2008 – o mercado esperava uma retração de 4,7%. Houve um colapso nos investimentos privados, que caíram à metade em relação a igual período em 2008, subtraindo 8,8 pontos porcentuais do PIB.

Longa contração

Os EUA não atravessavam um período de contração tão longo quanto o atual (ele já dura nove meses) desde o primeiro trimestre de 1975. Já a intensidade da desaceleração nos últimos seis meses terminados em março é a maior em 51 anos. Apesar do resultado negativo, a Bolsa de Nova Iorque fechou em alta apoiada principalmente no dado do PIB sobre o consumo das famílias: ele cresceu 2,2% no período, após ter despencado 4,3% no último trimestre de 2008. O setor de bens duráveis (eletrodomésticos, móveis e automóveis) foi quem puxou a alta. Contribuiu positivamente com 1,5 ponto porcentual no cálculo do PIB. Nos EUA, o consumo responde por 70% do crescimento do PIB, daí o relativo otimismo do mercado. A reação do consumo foi impulsionada, principalmente, pela queda nos preços da gasolina e pela promoções do comércio.

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