O Indicador de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta quinta-feira, 22, pela Serasa Experian, registrou queda de 0,8% em março ante fevereiro, descontados os fatores sazonais. Já sobre março do ano passado, houve avanço de 1,6% na atividade econômica. Com isso, a expansão acumulada no primeiro trimestre de 2014 foi de 2,3%, na comparação com os três primeiros meses de 2013.
Os impactos adversos do aumento da inflação e das taxas de juros foram os principais fatores que pesaram para o desempenho fraco da atividade no terceiro mês do ano, segundo a Serasa. A equipe econômica lista ainda outros elementos que contribuíram para a queda de 0,8% em março, como os recuos dos índices de confiança de empresários e consumidores, as incertezas sobre a eficácia do combate à inflação e em relação ao cenário de crescimento econômico global e a crise na economia argentina.
Pelos números da Serasa Experian, do ponto de vista da demanda agregada, as contribuições negativas partiram de quedas no consumo das famílias (1,1%), nos investimentos (6,9%) e nas exportações (5,1%). Pelo lado positivo, houve queda de 0,4% no consumo do governo e retração de 9,2% nas importações, que reduziram o peso negativo sobre o Produto Interno Bruto.
A análise pelo viés da oferta agregada revela, segundo a entidade, que a contração da atividade econômica em março só não foi maior porque o setor agropecuário registrou elevação de 2,1% de sua produção. Já a indústria apresentou retração de 3,8% e o setor de serviços recuou 0,5% e pesaram mais sobre a atividade econômica, determinando seu resultado agregado.
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