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As vendas de carros usados cresceram 14,5% no mês passado, na comparação com maio de 2013 | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
As vendas de carros usados cresceram 14,5% no mês passado, na comparação com maio de 2013| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

533 Mil veículos foram financiados em maio, 6% menos que no mesmo mês de 2013. Mas, enquanto as operações de crédito para a compra de carros novos diminuíram (de 195 mil para 170 mil), os financiamentos a veículos com 4 a 8 anos de uso aumentaram de 115 mil para 122 mil.

Os carros usados estão olhando os novos pelo retrovisor neste ano. Com menos crédito na praça, alta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e incorporação de itens de segurança, cresceu a vantagem dos usados sobre os novos. Para quem deseja trocar de carro, é a oportunidade de adquirir um carro com mais tempo de uso, mas nível mais alto de conforto.

O reflexo desse momento aparece nos números de vendas e financiamentos. Em maio, as vendas dos veículos e comerciais leves novos caíram 7,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Associação Nacional das Fabricantes de Automóveis (Anfavea). Na mesma análise, os usados cresceram 14,5%, informa a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).

Dados da Cetip, integradora do mercado financeiro, mostram que em maio foram financiados 533 mil veículos, 6% menos que no mesmo mês do ano passado. No detalhe, contudo, é possível perceber a mudança do perfil do consumo. O número de operações com veículos novos caiu de 195 mil para 170 mil. Mas o total de financiamentos de carros com quatro a oito anos de uso aumentou, de 115 mil para 122 mil.

"Isso mostra um amadurecimento dos consumidores", afirma o consultor financeiro da Libratta, Rogério Olegário. Ele desaconselha que o consumidor troque de veículo com frequência. "A troca do carro é muita cara, há gastos com transferência, seguro e a própria desvalorização", afirma.

Segundo ele, o mais recomendável é adquirir um veículo mais barato e guardar uma parte do dinheiro para investimento. No futuro, os rendimentos do dinheiro aplicado ajudarão a trocar de carro mais uma vez.

Essa escolha exige cuidado. "A conta vai depender da condição de juros, se os juros ofertados estão abaixo da condição de rendimento ou não. Normalmente, dificilmente o consumidor vai conseguir isso no investimento de curto prazo", afirma Mário Amigo, professor de finanças da Fipecafi. Na dúvida, vale a recomendação clássica de qualquer financiamento: quanto menos tempo de financiamento, menos juros e melhor para o bolso do consumidor.

Juros

A taxa de juros para aquisição de veículos varia de 0,67% a 3,92% ao mês, segundo os dados mais recentes apurados pelo Banco Central com financeiras e bancos de montadoras. Vale a ressalva que esses números são uma média, que inclui novos e usados, o perfil do consumidor e as condições de compra. Os especialistas lembram que, apesar da vantagem comparativa no preço, os juros do financiamento dos usados costumam ser maiores que os do novos.

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