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Para resolver o problema de fluxo de caixa das distribuidoras de energia, o governo federal estuda oferecer empréstimos a empresas do setor que, diante do baixo nível dos reservatórios, acionaram as usinas termelétricas. Segundo Nelson Barbosa, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, o formato do financiamento ainda está em discussão. "Há uma discussão do setor para viabilizar principalmente linhas de financiamento em curto prazo. Por enquanto, estamos discutindo apenas a necessidade de fluxo de caixa", disse nesta quarta-feira (27), Nelson Barbosa, que ocupa interinamente o cargo de ministro da Fazenda.

As usinas termelétricas são acionadas para dar garantia ao sistema quando o nível dos reservatórios das hidrelétricas está baixo por falta de chuva. Nesse primeiro momento, as distribuidoras assumem os custos que, no próximo ano, serão repassados ao consumidor. Barbosa acrescentou que a situação de caixa difere de empresa para empresa, assim como o cronograma de reajuste para o consumidores.

"Em algumas empresas isso pode causar uma alavancagem muito grande transitória enquanto elas carregam esse custo e a necessidade de alguma forma de capital de giro", disse Barbosa, sem especificar o montante nem os critérios desse financiamento.

Hidrotérmico

Diante de mudanças no regime de concessão das elétricas, anunciado no ano passado, as empresas do setor têm se queixado repetidamente de prejuízos decorrentes da redução compulsória da tarifa e do acionamento de usinas térmicas, com custo mais alto do que as de matriz hídrica.

O receio do mercado é que isso afete o fornecimento de energia para as várias regiões do país. A presidente Dilma Rousseff afirmou, hoje, que há condições de reduzir o custo de energia "sem romper um único contrato". "Porque este é um instrumento estratégico para o país. Custo de energia alto é algo negativo", disse.

"Despachar térmica é parte do ofício. Todos nós aqui defendemos que não podemos construir reservatórios imensos. Para não construir, nós vamos ter que usar térmicas. Isso está previsto. O sistema é hidrotérmico", completou.

Reforma

Barbosa ainda afirmou hoje que, apesar de a reforma no PIS/Cofins começar a ser discutida nos próximos meses, dificilmente o governo vai implementá-la este ano.

Segundo ele, não há espaço fiscal para realizar as mudanças no regime do tributo no curto prazo.

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