O governo federal recuou diante da reação de fabricantes de xarope concentrado da Zona Franca de Manaus e elevou o imposto sobre a substância, principal insumo na fabricação de refrigerantes.
Na semana passada, no mesmo decreto em que aumentou imposto para bebidas, o Planalto reduzira o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do xarope, de 27% para 17%.
Isentos de IPI, fabricantes da substância na Zona Franca criticaram a medida, pois tinham vantagem ao vender para as engarrafadoras da bebida, instaladas principalmente no Sudeste.
O governo então republicou ontem o decreto, elevando a tributação do xarope concentrado de 17% para 20%.
A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) divulgou cópias do decreto republicado aos fabricantes. "Menos mal. Neste patamar as empresas poderão continuar enfrentando o recuo do mercado que se agrava a cada dia", disse Gilmar Freitas, assessor da Fieam.
A Fieam é presidida por Antônio Silva, um dos sócios do Grupo Simões, fabricante dos produtos Coca-Cola na região Norte. O empresário, apurou a reportagem, agiu nos bastidores para ajustar o tributo.
Além da Recofarma, AmBev (Guaraná Antarctica) e Pepsi também produzem xarope concentrado em Manaus. Ao todo, 30 indústrias haviam sido afetadas pela mudança no tributo.
No ano passado, as indústrias de refrigerantes da Zona Franca de Manaus faturaram R$ 440 milhões.
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