Acuado pela lenta recuperação da economia dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama deve anunciar hoje mais duas medidas de estímulo ao setor privado. A principal é uma dedução de impostos mais rápida para compra de equipamentos em 2011, de custo avaliado em US$ 200 bilhões.
Empresas hoje podem descontar gastos com investimentos, mas em um período de 3 a 20 anos. A mudança permite que elas mantenham mais dinheiro em caixa agora, o que, para a Casa Branca, incentivaria gastos e moveria a economia adiante.
Obama quer também expandir e tornar permanentes estimados US$ 100 bilhões em devolução de impostos para que empresas invistam em pesquisa e inovação. A medida existe em caráter temporário há três décadas e é sempre renovada após o vencimento, mas intervalos para reaprovação atrapalham as empresas.
Obama divulgará os planos hoje em evento em Cleveland, no estado de Ohio, dois dias depois de tornar público um pacote para construção e renovação de estradas, ferrovias e pistas aéreas de custo inicial de US$ 50 bilhões.
Confiança
Os anúncios atendem a dois propósitos: tentar criar confiança no setor privado para que retome investimentos interrompidos por incertezas quanto ao futuro da economia e lutar contra a percepção de que o governo não fez o suficiente para estimular o crescimento.
No mês passado, números econômicos negativos aprofundaram essa percepção, principalmente a estimativa de alta incipiente do PIB (1,6% no segundo trimestre).
A Casa Branca insiste na aprovação de outro pacote de US$ 30 bilhões para ajuda a pequenas empresas com cortes de impostos e oferta de crédito. O projeto está parado no Congresso. Republicanos estão pouco propensos a apoiar medidas do governo antes da eleição para o Congresso, em novembro.
O economista-chefe da federação nacional de negócios independentes, William Dunkelberg, disse que Washington deveria focar em políticas para criar demanda por consumo em vez de oferecer cortes de impostos.
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