O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (23) que o Congresso está "no bom caminho" para aprovar até 16 de fevereiro o plano de resgate da economia de US$ 825 bilhões -apesar de ainda haver "diferenças" que precisam ser resolvidas.
A declaração foi feita em reunião com líderes dos dois partidos - Democrata e Republicano - no Congresso.
Obama voltou a dizer que a crise econômica enfrentada pelos EUA é "sem precedentes" e que é preciso agir "rapidamente".
O pacote foi aprovado pelo Comitê de Apropriações da Câmara dos EUA na noite de quarta-feira (21), mas ele ainda precisa passar por outros comitês para ir a plenário nas duas casas e ser aprovado por Obama.
O pacote apresentado ao legislativo pela equipe do presidente Barack Obama deverá movimentar US$ 825 bilhões, dos quais dois terços serão dedicados a investimentos e reduções de impostos. No início do mês, Obama informou, em um programa de rádio, que "o objetivo número um" de seu plano é a criação de três milhões de empregos, 80% deles no setor privado.
No texto apresentado, o plano vai se decompor em "US$ 275 bilhões relativos a reduções de impostos e em US$ 550 bilhões em investimentos prioritários programados e cuidadosamente priorizados", segundo a Câmara, devendo ser aprovado sem dificuldade pela câmara baixa no Congresso, onde o partido democrata dispõe de ampla maioria.
O Senado deve ainda propor suas próprias emendas para que o Congresso discuta, em seguida, o texto final.
O projeto de lei pinta um quadro dramático da situação econômica americana: "a crise em que estamos mergulhados é inédita desde a Grande Depressão" dos anos 30. Nossa tarefa em curto prazo será tentar impedir a perda de milhões de empregos e de recolocar a economia em movimento. A tarefa em prazo mais longo será realizar os investimentos necessários para possibilitar às famílias de classe média aumentar seus rendimentos e construir o futuro pour seus filhos", acrescenta.
O projeto insiste, também, em que "o dinheiro do contribuinte seja gasto de maneira transparente de modo que os americanos também possam acompanhar os resultados de seus investimentos".
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