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foi o placar em favor do pacto fiscal europeu no Parlamento da Grécia, que aprovou ontem o acordo. Houve 47 abstenções.

A política conduz a nova rodada de riscos percebidos na zona do euro. Embora a crise da dívida tenha saído da fase aguda, agora as atenções se voltam para as eleições na França e na Grécia, o referendo na Irlanda e a construção de um muro de proteção para os países mais problemáticos. "A política é definitivamente o ponto mais importante neste ano", disse Nicola Mai, analista do JPMorgan.

O calendário de eventos começa com as eleições na França, em 22 de abril e 6 de maio (em caso de segundo turno). As pesquisas mais recentes mostram que o socialista François Hollande segue à frente nas intenções de voto, com 54% da preferência, desbancando o presidente Nicolas Sarkozy, com 46%, no cenário de segundo turno, apesar de alguns levantamentos já mostrarem os dois candidatos em empate técnico.

Os analistas estão divididos sobre as perspectivas para a disputa, considerada um jogo em aberto. Do ponto de vista dos investidores, uma vitória de Hollande poderia trazer volatilidade aos mercados devido à sua postura contra a austeridade fiscal para combater o déficit orçamentário do país. Sarkozy é alinhado com as lideranças conservadoras que hoje conduzem os principais países da zona do euro, como a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e o primeiro-ministro da Itália, Mario Monti.

A data de 6 de maio é con­­si­­derada a mais provável para as eleições na Grécia. A expectativa é que a coalizão entre o Movimento So­­cialista Pan-Helênico (Pa­­sok) e o conservador Nova Democracia permaneça no poder. "Entretanto, a coalizão pode não ter muita estabilidade", avalia Mai. O ex-ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, assumiu a liderança do Pasok e estará na disputa para se tornar primeiro-ministro, substituindo o governo técnico de Lucas Papademos. Se vencer, ficará na curiosa posição de político que protagonizou o maior calote soberano da história e ainda assim avançou no poder. "Ele deve permanecer como um participante decisivo da tomada de decisões na Grécia", avalia Adrian Foster, analista do Rabobank.

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