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Fórum Econômico Mundial começa nesta quarta-feira (21), em Davos, na Suíça | Jean-Christophe Bott/Efe
Fórum Econômico Mundial começa nesta quarta-feira (21), em Davos, na Suíça| Foto: Jean-Christophe Bott/Efe

Levy vai a Davos para participar do Fórum

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, participa a partir da próxima quinta-feira (22), em Davos, na Suíça, do Fórum Econômico Mundial.

O Ministério da Fazenda só divulgará a agenda de atividades do ministro no encontro nos respectivos dias. O encontro discutirá as questões urgentes, como o crescimento econômico global, instabilidades políticas, desigualdades regionais e segurança pública.

Recentemente, o ministro informou que procurará no encontro passar a imagem de um Brasil com economia de grandes recursos e que adota política macroeconômica voltada para a concessão de benefícios sociais.

Já o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que deverá participar do encontro na Suíça, permanece em Brasília para a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom).

A reunião decide hoje e amanhã qual será a taxa básica de juros no Brasil nos próximos 45 dias. Atualmente, a taxa básica está em 11,75% ao ano.

Basta olhar para o calendário para perceber que as políticas cambial e monetária serão tema central no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

O encontro será realizado uma semana após o Banco Central da Suíça chocar o mercado com uma inesperada e profunda mudança na política cambial. No segundo dia do evento, na quinta-feira (22), o Banco Central Europeu (BCE) se reúne e parte do mundo econômico aposta que pode ser anunciado o início de um programa sem precedentes de injeção de dinheiro.

O Fórum Econômico Mundial poderá viver dias agitados de debate sobre o rumo dos juros. Além do debate de longo prazo sobre o impacto da falta de sincronia das políticas econômicas nos Estados Unidos e Europa, as conversas têm temas quentes de última hora.

A partir de quarta-feira (21), oito banqueiros centrais dos mais importantes do mundo estarão em Davos. Além do brasileiro Alexandre Tombini, estarão os presidentes dos BCs do Canadá, da França, Inglaterra, Itália, do Japão, México e da anfitriã Suíça.

Thomas Jordan, o presidente do BC suíço, aliás, deverá ter uma recepção calorosa após acabar com a vinculação da moeda nacional, o franco, com o euro. A decisão fez a divisa disparar quase 40%. Algumas instituições amargaram prejuízo e duas corretoras fecharam as portas.

Na quinta (22), o BCE anuncia em Frankfurt nova decisão de política monetária. Alguns participantes embarcam a Davos com a aposta de que a instituição liderada por Mario Draghi poderá iniciar o programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) na Europa - injeção de dinheiro na economia por meio da compra de títulos da dívida soberana que atualmente estão na carteira dos bancos.

Apesar de estar a apenas 400 quilômetros dos Alpes Suíços, Draghi não irá ao evento.

Preocupação

Líderes globais que estarão em Davos temem que a falta de sincronia entre o provável aperto nos juros nos EUA e o esperado relaxamento monetário na Europa gere uma nova onda de turbulência no mercado financeiro e no fluxo de capitais. Países emergentes que dependem do financiamento externo são os mais vulneráveis.

Desde novembro, o ex-ministro de Finanças da Suécia Anders Borg ocupa a presidência da Iniciativa do Sistema Financeiro Global, grupo focado nos temas financeiros no Fórum. Uma das principais funções de Borg é conversar com líderes para definir as diretrizes do debate econômico em Davos.

Após inúmeras conversas e consultas, o ex-ministro sueco diz que "há ansiedade" de que as políticas monetárias provoquem uma turbulência comparável à vista em 1994, quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) iniciou uma esperada alta dos juros.

Petróleo

Fora dos bancos centrais, outro tema quente é a queda do petróleo. O preço da commodity caiu drasticamente nos últimos meses e, segundo analistas, o movimento estaria sendo gerado pelos países exportadores, que tentam tornar o petróleo mais competitivo para forçar a inviabilidade econômica de novas fontes energéticas, como o gás de xisto nos Estados Unidos.

O secretário-geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem El Badri, estará em Davos e deverá ser questionado à exaustão sobre o tema.

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