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A coincidência de datas entre a mudança de governo e a eleição no Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Setcepar) serviu para que a entidade de classe renovasse as reivindicações ao poder público. Gilberto Cantú (foto), novo presidente do Setcepar, disse ao repórter Osny Tavares que o principal problema da atividade é a condição das estradas não pedagiadas. Representando 5 mil empresas de transporte em 265 cidades do estado, o sindicato espera que o setor tenha um canal permanentemente aberto com o governo.

Com todas as discussões recentes sobre infraestrutura que estão ocorrendo no Brasil, qual é o espaço reservado à questão das estradas e ferrovias?

A discussão sobre os gargalos vem sendo feita, mas não temos visto nenhum plano para reverter a situação. O PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] proporcionou algumas ações isoladas em portos, estradas e aeroportos. Mas o porto de Paranaguá está obsoleto – o novo governo vai ter que investir muito nele; o aeroporto também está com a capacidade muito abaixo do padrão; e faltam estradas, principalmente no interior. Há uma condição de razoável para boa onde há estradas pedagiadas, apesar de não terem sido feitos investimentos em duplicação e melhorias. Nas estradas estaduais, mesmo sem pedágio e com movimento grande, a situação ainda é regular. O grande problema são as estradas rurais e vicinais. Produtores reclamam que não conseguem escoar a safra. É preciso uma ação imediata para não prejudicar a economia paranaense.

Quais são as expectativas – e cobranças – em relação ao novo governo estadual? O sindicato tem uma pauta de reivindicações?

No ano passado, entregamos ao então candidato Beto Richa uma pauta com várias reivindicações. Uma delas é sobre o pedágio: não somos contra o sistema em si, mas contra os valores cobrados hoje no Paraná. Outro ponto é a falta de condições oferecida pelo porto aos caminhoneiros e transportadoras. Além disso, o investimento na segurança pública é fundamental. O roubo de cargas aumenta cada vez mais, então pedimos a criação de uma delegacia especializada em Curitiba. Esperamos ter um canal de diálogo mais aberto com o governo. Que a gente possa, como representante de classe, ter uma voz ativa e poder sugerir melhorias, fazer críticas, e ajudar o poder público a solucionar questões antigas.

O Paraná, com a América Latina Logística (ALL), ocupa lugar de destaque no transporte ferroviário do Brasil. O senhor acredita que o estado pode expandir a malha para atender às necessidades do transporte de carga?

Foi feita a privatização [das ferrovias], mas também se investiu muito pouco na malha ferroviária, em novas linhas e modernização do sistema. A própria ALL, ao longo do tempo, teve um incremento muito grande de cargas, mas a atual estrutura está saturada.

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Aos parceiros

A Copel divulgou comunicado no fim da tarde de sexta que traz conteúdo ansiosamente esperado pelo mercado nos últimos anos. Trata-se de quatro chamadas públicas para quem deseja ser parceiro da empresa paranaense na disputa de leilões de contratação e transmissão de energia, em empreendimentos eólicos e em PCHs (pequenas centrais hidrelétricas).

A empresa informa que poderá entrar como minoritária nas parcerias. A nova política não deixa dúvidas: a Copel pretende se firmar como "um dos principais players do mercado", reza o comunicado.

Os novos ventos que sopram na Copel também empurram para cima o preço das ações da companhia, que estão em seu maior patamar histórico – na sexta-feira, fecharam o pregão acima de R$ 45. Desde 1.º de outubro, a alta foi de 21,5%. Só neste ano, chega a 8,7%.

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Natal o ano inteiro

A temporada de Natal acabou e muita gente só vai lembrar do Papai Noel ao pagar faturas de cartão e carnês, para honrar os presentes da família. No comércio, porém, o assunto não se esgota nunca. No primeiro dia útil do ano, a gerência de marketing do ParkShoppingBarigüi fez a primeira reunião para definir o tema da decoração deste ano.

Em dezembro, a equipe visitou a concorrência em várias cidades para pesquisar sobre promoções e enfeites, e pretende definir tudo até fevereiro. A estratégia não é nova. Em julho do ano passado, já estavam compradas as quatro BMWs X1 sorteadas entre 45 mil clientes.

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Slogan de trabalho

Após duas semanas no governo, o secretário da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros, parece já ter escolhido o slogan para sua gestão à frente da secretaria: "O capital é amigo do estado".

A frase é mencionada em suas entrevistas, geralmente mais de uma vez, e já faz parte dos comunicados enviados aos veículos de comunicação sobre as ações da secretaria.

Quem sabe esse também não seja o slogan de sua provável candidatura à presidência da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)?

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Estamparia "familiar"

A Gestamp Paraná, que fornece peças estampadas (portas, capôs e lataria em geral) para as montadoras instaladas na Grande Curitiba, está incorporando suas duas "irmãs" no Brasil. A partir de agora, a Gestamp Gravataí (RS) e a Gestamp Taubaté (SP), até então independentes, farão parte de uma mesma empresa, com sede em São José dos Pinhais.

Com faturamento próximo de R$ 1 bilhão por ano, a nova companhia passa a ser a principal subsidiária da Gestamp Automoción no mundo, menor apenas que a matriz do grupo, que fica na Espanha.

A fábrica que está sendo construída em Santa Isabel (SP), a um custo de R$ 125 milhões, também será subordinada à administração sediada no Paraná.

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Casa maior

Recém chegada ao Paraná, a Brookfield Incorporações já mudou para um escri-tório maior para atender a demanda aquecida e o potencial do cresci-mento imobiliário.

No ano passado, a empresa anunciou lançamentos num total de R$ 3 bilhões. O Paraná respondeu por 7,6% desse volume.

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