No primeiro mês da portabilidade, 5.265 usuários da telefonia fixa e móvel da região do DDD 43 pediram para mudar de operadora sem trocar de número. A área compreende 97 municípios, incluindo Londrina, e soma 1,7 milhão de clientes (quase 75% de celulares). Os dados são da ABR Telecom, entidade administradora da portabilidade, e se referem até o dia 30 de setembro.

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Conforme a entidade, a maioria dos pedidos de mudança é de telefonia móvel (2.854 solicitações, o que representa 54,2%, contra 2.411 da fixa, o que equivale a 45,8%). Do total, 44,2% dos pedidos (2.328) já foram concluídos. No entanto, a migração efetuada é maior na telefonia fixa (foram 1.202 mudanças, o que significa 51,6%, contra 1.126 na móvel, o que representa 48,4%).

Em todo o País, já são 26.260 pedidos (60,1% na telefonia móvel) em regiões de oito DDDs. Desse montante, 11.072 solicitações já foram concluídas (59% na móvel) e 5.290 pedidos estão prontos para mudar, dependendo apenas do agendamento do usuário; outros 4.276 foram cancelados a pedido do cliente e 1.398 estão em processo.

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Conforme o presidente-executivo da ABR Telecom, José Moreira, o grau de eficiência das operações de portabilidade tem sido em média de 81%. "Tendo em vista a complexidade do processo e o fato de se tratar de um novo serviço, o balanço deste primeiro mês é positivo para os usuários e para o mercado brasileiro de telecomunicações", afirmou.

Avaliação positiva também faz o presidente da Sercomtel, Gabriel Ribeiro de Campos. Segundo ele, na telefonia fixa a empresa tem mais conquistado clientes que perdido, ao contrário do que a própria direção da empresa estimava. Na telefonia móvel, a saída e entrada de clientes têm sido equilibradas, sem ganho ou perda, afirmou Campos.

"Portabilidade rima com oportunidade. Na fixa, temos 90% do mercado e 40 anos de história. Por isso, a gente já previa que seríamos mais agredidos pela portabilidade. Nos primeiros dias houve um número grande de clientes. Mas nos dias seguintes o caminho foi inverso, ao contrário inclusive das nossas previsões", explicou. Para ele, o principal fator de atração de usuários foi a qualidade no serviço.

Força-tarefa

O presidente da Sercomtel ainda ressaltou que foi montada uma "força-tarefa" na empresa para atrair clientes e reverter a migração daqueles que pedem a mudança de operadora. "Todas as operadoras que atuam em Londrina ganharam e perderam clientes. Não teve uma que só ganhou ou só perdeu", disse Campos, que recebe diariamente da ABR Telecom um balanço de todos os pedidos de portabilidade por operadora.

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Já a GVT, a maior concorrente na telefonia fixa da Sercomtel, afirmou que também mais ganhou clientes que perdeu pela portabilidade. As outras operadoras que atuam na região não se manifestaram sobre o primeiro mês do serviço.

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