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As oportunidades de negócios de 14 cadeias produtivas do Paraná vão estar reunidas em um endereço da internet que promete tornar mais fácil a vida de quem quer montar uma empresa ou formar parcerias no estado. Dados sobre o Paraná e 130 sugestões de empreendimentos para serem explorados no estado acabam de entrar no ar, no portal Paraná Um Bom Negócio, desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-PR). A expectativa da entidade é que, além de informar, a página se transforme em uma espécie de vitrine de fornecedores, cursos, consultorias e empresas de diferentes áreas, que vão poder anunciar no portal.

Quem entrar no site vai encontrar sugestões de nichos interessantes para explorar, com o conceito da oportunidade, mercado-alvo, fatores de sucesso, ameaças, tendências de mercado e investimento aproximado. Mais que isso: o usuário vai poder ver em um mapa os municípios que fazem parte da cadeia e entender graficamente como ela funciona, as partes que já estão saturadas e as com espaço para novos empreendimentos. Por exemplo, na cadeia de Artesanato, elos da cadeia como capacitação, feiras e atacado aparecem como esgotados. Já as áreas de insumos, varejo e exportação ainda têm espaço para crescer. O conteúdo pode ser acessado por qualquer usuário da internet no endereço www.paranabomnegocio.com.br.

"Nossa intenção não é ser mais uma fonte de dados, mas identificar setores portadores de futuro ou inovação. Não se trata de reproduzir o passado e sim de sinalizar o futuro", diz o diretor superintendente do Sebrae no Paraná, Hélio Cadore. Há oportunidades, segundo o Sebrae, nas áreas de Apicultura, Aqüicultura, Artesanato, Cerâmica e Porcelana, Construção Civil, Leites e Derivados, Madeira e Móveis, Perfumaria, Soja Orgânica, Turismo, Têxtil e Confecções e Uva.

A equipe do Sebrae trabalhou dois anos na elaboração do portal. Além de estatísticas já disponíveis, foram consultados especialistas nas cadeias elencadas, como consultores, professores universitários e empresários. "A pessoa que está planejando montar um negócio no Paraná já vai receber informações de alto valor agregado", avalia Ricardo Dellaméa, um dos coordenadores do projeto. As oportunidades sugeridas, enfatiza ele, não se tratam de um "achômetro" da entidade. "São depuradas de um processo de análise bem consistente."

Os planos do Sebrae incluem não só ajudar o pequeno e médio empreendedor, que é o foco da entidade, mas também grandes empresários que estejam pensando em formar parcerias ou trazer seu negócio para o Paraná. "Não há no país um portal como este. Para o investidor estrangeiro que não conhece o estado, por exemplo, esta pode ser uma porta de entrada", espera Cadore. O projeto ainda inclui uma sala de negócios, para empresas e prestadores de serviços anunciarem seus produtos e contatos. A idéia seria formar "páginas amarelas" ligadas a cada cadeia de que se está falando.

A intenção de facilitar a vida dos empreendedores é bem-vinda. Mesmo sem conhecer o portal, Rodrigo Brito, diretor executivo da Aliança Empreendedora, ONG que fomenta o empreendedorismo e apóia grupos e microempreendedores de comunidades de baixa renda, considera que "a iniciativa será uma mão na roda" para micro e pequenos empresários iniciantes ou já atuantes. "Conhecemos uma série de casos de empreendedores que, com pouco conhecimento ou nenhum acesso a informações, montam seu negócio ou pequeno empreendimento em regiões e mercados já saturados apenas por querer copiar o sucesso que outras empresas estão tendo nestas regiões", diz. Brito também lembra que mesmo quem escolhe uma área com potencial para prosperar acaba fracassando por falta de uma noção adequada do que os clientes daquela região realmente procuram, ou de quanto irão ter que investir para montar seu negócio e esperar que a empresa passe a ter clientes e receitas para se manter.

A professora do curso de Administração da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ana Paula Mussi Cherobim, acredita que o portal atenderá tanto os pequenos como os grandes empresários. "Para os grandes investidores, serve como um agente de relacionamento. Já para os pequenos, mostra se a competência técnica que eles têm ajuda a ser bem sucedido dentro da cadeia em que está planejando investir."

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