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Bombeiros conseguiram debelar as chamas que ainda atingiam o alto de um dos tanques: estratégia agora é resfriar os reservatórios. | Diego Lameiro/ 
Corpo de Bombeiros de Santos
Bombeiros conseguiram debelar as chamas que ainda atingiam o alto de um dos tanques: estratégia agora é resfriar os reservatórios.| Foto: Diego Lameiro/ Corpo de Bombeiros de Santos

Uma semana do incêndio em tanques da empresa Ultracargo foi suficiente para que o Porto de Santos (SP) deixasse de carregar 400 mil toneladas de soja e farelo, o equivalente a sete navios, conforme avaliação divulgada ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). Como até agora não há desvios para outros portos e as atividades só devem voltar ao normal no domingo, o fogo atrasa a exportação de pelo menos dez navios na época de maior movimentação no escoamento de grãos brasileiros.

A demora no controle das labaredas e o risco de explosões travam o fluxo de caminhões de grãos, mesmo com a operação que libera a passagem de comboios pela cidade de Santos durante a noite. Se o quadro se prolongar, os exportadores têm a alternativa de recorrer ao Porto de Paranaguá para amenizar o impacto nos embarques – e na receita das exportações do país –, disse o secretário-geral da Abiove, Fábio Trigueirinho.

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De acordo com o diretor de Operações do Porto de Paranaguá, Luiz Teixeira Silva Júnior, uma reunião na segunda-feira vai apontar se aumentou a demanda do Corredor de Exportação, complexo paranaense que vem escoando pouco mais da metade do volume já alcançado num único mês, que é de 1,3 milhão de toneladas. Até ontem, não havia confirmação de desvio de cargas, apesar de pelo menos quatro navios terem desistido da fila de atracação do porto paulista para entrar direto na dos terminais paranaenses.

“Desviar o carregamento de um navio de grãos de um porto para o outro é uma operação pouco provável. É como sair do início de uma fila para entrar no fim da outra”, analisa o presidente do Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Paraná (Sindapar), Argyris Ekonomou. O aumento circunstancial dos embarques em Paranaguá depende de um prolongamento dos problemas em Santos, considera.

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A Abiove faz pressão para que, além da liberação de comboios de caminhões durante a noite na cidade de Santos, outros acessos mais distantes do incêndio sejam usados. Por outro lado, ainda considera que o atraso no embarque de soja não reduz a demanda por soja brasileira.

“A performance do porto de Santos está prejudicada”, disse o presidente da Abiove, Carlo Lovatelli. Ele pontua, porém, que a China – maior importador de soja –não têm opção melhor no momento, uma vez que os Estados Unidos já exportaram a maior parte da soja de 2014/15 e a Argentina está na fase inicial da colheita.

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O incêndio no terminal de combustíveis da Ultracargo, no distrito de Alemoa, em Santos, continuou nesta quinta-feira (9) pelo oitavo dia seguido, enquanto as restrições a caminhões para a entrada no porto pela margem direita foram mantidas, segundo nota da administração portuária (Codesp). Os bombeiros conseguiram debelar as chamas que ainda atingiam o alto de um dos tanques. No entanto, à tarde ainda havia fogo no combustível derramado na piscina de contenção que cerca os tanques.

Diante da continuidade do incêndio, que interdita a Avenida Augusto Barata, acesso ao porto de Santos pela margem direita, o Comitê de Gestão da Crise decidiu pela continuidade da interrupção do tráfego de caminhões no local por mais 24 horas, a partir da zero hora desta sexta-feira (10), medida que será reavaliada no decorrer do dia.

A estratégia dos bombeiros permanece sendo resfriar os reservatórios com água bombeada do mar, além de aplicar espumas especiais de combate a incêndio. Há risco de o calor externo iniciar novamente o fogo dentro dos tanques, disse a Defesa Civil.

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