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Em visita ao porto ontem, o governador Beto Richa afirmou que Paranaguá vem perdendo espaço para catarinenses | Antônio More/ Gazeta do Povo
Em visita ao porto ontem, o governador Beto Richa afirmou que Paranaguá vem perdendo espaço para catarinenses| Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo

Lista de obras

Veja quais serão os próximos investimentos no Porto de Paranaguá:

Dragagem de manutenção dos berços de atracamento

- Início: 15 de janeiro

- Custo: R$ 2,5 milhões

Dragagem de manutenção da bacia de evolução

- Início: previsto para junho, depende de licença ambiental

- Custo: R$ 100 milhões

Dragagem de aprofundamento

- Início: sem data definida

- Custo: R$ 52 milhões do PAC, mais complemento do próprio porto em montante ainda não definido

Ampliação do cais de 20 berços para 32

- Início: aguarda conclusão do estudo de viabilidade

- Custo: ainda não definido

Construção de silo

- Início: imediato

- Custo: R$ 20 milhões, da iniciativa privada

Pessoal

Porto precisa de 300 novos funcionários, diz sindicato

Na visita do governador Beto Richa ao Porto de Paranaguá, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários no Estado do Paraná (Sintraport), Wilson Moraes da Silva, aproveitou para reivindicar a realização de concurso público para contratação de novos funcionários. Segundo Silva, o quadro de colaboradores – atualmente com 680 pessoas – está bastante defasado e seriam necessários mais 300 contratados. O último concurso foi realizado em 2006. "Há a necessidade urgente de contratação para podermos nos ajustar à modernidade. Hoje, o quadro de funcionários está de acordo com o que era exigido pelo setor na década de 90", apontou.

Ainda de acordo com o presidente do Sintraport, a revindicação é antiga e já havia sido repassada em diversas oportunidades ao governo anterior. "Nunca tivemos resposta", afirma. O superintendente da Appa, Airton Vidal Maron, reconhece a necessidade de contratação de pessoal, mas discorda do número. "O quadro de colaboradores é de 1988 e temos de nos adequar às necessidades atuais. Mas não esse o número. Vamos fazer um estudo para definir o número real antes de qualquer coisa", disse Maron. (CGF)

As obras tão necessárias ao Porto de Paranaguá já começam na próxima semana. Ontem, na sua primeira visita como governador do estado ao porto, Beto Richa assinou a autorização para o início de uma série de melhorias, muitas delas apontadas há tempos como fundamentais para o aumento da competitividade do terminal, que tem perdido espaço principalmente para concorrentes catarinenses. Serão investidos pelo menos R$ 154,5 milhões para modernizar e ampliar a capacidade – e a reputação – do principal porto do estado.

"Por conta das últimas gestões, o Porto de Paranaguá não tem o que comemorar. Deixou de ser uma referência nacional graças à perda de movimentação de carga. Quem agradece é o estado vizinho de Santa Catarina", disse Richa, em tom de crítica ao antigo governo.

A primeira melhoria é a dragagem de manutenção dos berços de atracamento, prevista para começar até o dia 15 – o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) já emitiu a autorização. A obra avaliada em R$ 2,5 milhões será concluída em 10 dias, período em que o terminal funcionará com metade da sua capacidade. Após a dragagem, a profundidade dos berços retornará aos 15 metros. "A dragagem emergencial vai ampliar em 20% a movimentação de carga. É preciso modernizar e ampliar para que o porto seja novamente referência nacional", afirmou o governador.

Ainda no primeiro semestre está prevista a dragagem de manutenção da bacia de evolução – local onde os navios realizam as manobras antes de atracarem, ou para saírem do Canal da Galheta. A expectativa do governo estadual é começar em junho, já que serão necessários três meses para obtenção da licença ambiental e outros três meses para a licitação, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). O investimento será de R$ 100 milhões durante os oito meses necessários para a conclusão dos trabalhos.

A última etapa é a dragagem de aprofundamento, ainda sem data para ocorrer, já que depende de recursos do governo federal, através do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra está avaliada em R$ 52 milhões em dinheiro do PAC, mais um complemento do próprio porto – a Appa não soube informar qual o valor.

O governador também anunciou a ampliação em 60% do cais, passando dos atuais 20 berços para 32, o que permitirá o aumento da capacidade de movimentação de cargas das atuais 38 milhões de toneladas/ano para 60 milhões de toneladas/ano, segundo a Appa. A ampliação do cais ainda aguarda a conclusão de estudos de viabilidade. Richa também confirmou a construção de um silo com capacidade para 60 mil toneladas de grãos, com investimento de R$ 20 milhões da iniciativa privada. "As obras vão melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores do porto, pois permitirão que navios maiores atraquem, gerando mais trabalho e mais renda aos trabalhadores", disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários no Estado do Paraná (Sintraport), Wilson Moraes da Silva.

Novos diretores

Na ocasião, o governador Beto Richa anunciou o nome dos quatro novos diretores da Appa. Lourenço Fregonese assume a diretoria empresarial; Carlos Alberto Frisoli será o diretor administrativo-financeiro; Paulinho Dalmaz, ex-secretário municipal para Assuntos Metropolitanos de Curitiba, será o diretor técnico; e Paulo Scalco será o novo diretor do Porto de Antonina.

Apenas o superintendente da Appa – o engenheiro Airton Vidal Maron, funcionário de carreira desde 1980 – já tinha relação direta com a Appa, mas, segundo Maron, Fregonese, Frisoli e Scalco já atuavam no segmento portuário. "Eu participei da escolha através de consulta do governador. Fora o Paulinho, os outros três são profissionais da área e seus conhecimentos serão importantes", afirmou Maron.

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