No lugar da greve de 24 horas programada para esta quarta-feira (8) pelas lideranças nacionais dos portuários, os trabalhadores do Porto de Santos, o maior da América Latina, decidiram promover um ato público em frente à sede da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). O presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária (Sindaport) , Everandy Cirino dos Santos, disse que, sem a garantia de adesão dos trabalhadores dos demais portos estatais, não teria sentido parar as atividades.
Ele informou que, durante o ato público, que teve a participação de cerca de 400 manifestantes, o presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), José Roberto Correa Serra, deixou a empresa "de forma corajosa" para conversar com os trabalhadores e assumiu o compromisso de ser um interlocutor com o governo federal para tentar negociar as revindicações da categoria. Entre os pleitos está o aporte de R$ 150 milhões ao Portus, o fundo de previdência dos portuários.
Segundo líder sindical, a dívida federal com o fundo soma cerca de R$ 4 bilhões. Ele informou que 70% da composição do fundo de pensão estão concentrados na base de trabalhadores do Porto de Santos, num total de 10,8 mil empregados, dos quais 6,8 mil são aposentados. A campanha salarial da categoria, que tem data-base em junho, está sub judice.
De acordo com a assessoria da Codesp, o presidente da companhia garantiu que nenhum trabalhador será prejudicado por causa da paralisação.
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