O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, anunciou neste domingo que seu governo decidiu não recorrer a uma linha de crédito extra oferecida por seus parceiros na União Europeia (UE) e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A partir do mês que vem, segundo ele, Portugal recorrerá exclusivamente aos mercados para se financiar.
O governo português receberá em junho a última parcela do pacote de 78 bilhões oferecido por UE, FMI e Banco Central Europeu (BCE) há três anos para evitar a quebra do país em troca de duras medidas de austeridade que provocaram descontentamento entre a população e ruidosos protestos contra o governo.
Pedro Passos Coelho disse que o país não recorrerá à linha de crédito extra porque o país "está se recuperando de maneira sustentável e a economia está melhor". Ainda de acordo com ele, Portugal possui um colchão para cobrir um ano de financiamento e se compromete a manter a responsabilidade fiscal.
A decisão foi aprovada hoje pelo gabinete de governo de Portugal.
Desde 2010, quatro países europeus receberam ajuda financeira da UE, do FMI e do BCE. Portugal é o segundo desses países a abandonar seu programa. O primeiro foi a Irlanda. Grécia e Chipre continuam a depender desses pacotes externos.
Apesar do anúncio de hoje, o desemprego entre os portugueses continua extremamente elevado (17,7%), a dívida do país é atualmente maior do quando ocorreu o resgate (subiu de 93% para 129% do PIB no período) e Portugal figura com o país mais pobre da Europa ocidental.
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