Agosto confirma perda de fôlego nas exportações e crescimento das importações

Passadas quatro semanas de agosto, fica mais nítida a perda de fôlego das exportações em relação ao mês anterior. No acumulado mensal da balança comercial, as vendas externas aumentaram 20,2% em relação a agosto de 2004, mas caíram 6,1% frente a julho. As importações subiram mais do que as exportações em comparação com agosto do ano passado. A alta foi de 26%. Sobre julho, as compras externas cresceram 11,7%. As importações na quarta semana de agosto, que somaram US$ 1,729 bilhão, são as mais altas desde 1998, quando a série começou a ser divulgada. As exportações somaram US$ 2,702 bilhões.

A menos de uma semana para fechar o mês, a balança comercial acumula um saldo de US$ 3,455 bilhões em agosto. No ano, há um superávit de US$ 28,133 bilhões, resultado de US$ 74,631 bilhões em exportações e US$ 46,498 bilhões em importações. O saldo comercial da quarta semana de agosto foi o maior do mês, de US$ 973 milhões.

Nas importações, houve aumentos significativos, em relação a agosto de 2004, nas compras de produtos como siderúrgicos (48%), combustíveis e lubrificantes (37,3%), automóveis e partes (35,6%), equipamentos mecânicos (31,3%), eletroeletrônicos (29,2%) e borrachas e obras (27,1%). Frente a julho, destacaram-se combustíveis e lubrificantes (33%), aeronaves e peças (25,4%), farmacêuticos (19,8%), equipamentos mecânicos (12,8%) e químicos (11,1%).

Do lado das vendas externas, os grandes destaques foram os produtos básicos, cujos embarques cresceram 28,8% em comparação a agosto do ano passado. Aumentaram as exportações de petróleo em bruto, minério de ferro, carnes bovina, suína e de frango, farelo de soja, soja em grãos e fumo em folhas. Os manufaturados também contribuíram com uma alta de 18,7%, especialmente telefones celulares, açúcar refinado, veículos de carga, laminados planos, autopeças, óleos combustíveis, automóveis, tratores, máquinas e aparelhos para terraplanagem e gasolina.