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Depois de falar sobre os consultores, mestre Raposão aborda hoje a participação dos intermediários no processo de transmissão da informação.

O mestre cumprimentou a classe e iniciou logo sua aula, dizendo que os humanos infelizmente não souberam tirar todos os benefícios do uso das informações. "Não é à toa que nosso Conselho Superior muito sabiamente enfatiza a obrigação que cabe a todas as raposas de repartir seu conhecimento visando ao bem comum.

Para ilustrar, ainda, o mau uso das informações pelos humanos, cito a figura do ‘intermediário’, um tipo nefasto de pessoa. Os intermediários eram personagens que sabiam quem precisava de dados e para que os queria. A fim de suprir essa necessidade, eles desenvolveram enormes quantidades de contatos, em todos os níveis e atividades.

Os intermediários faziam um trabalho particularmente efetivo no desenvolvimento de relacionamentos com as chamadas ‘fontes’, especialmente com as fornecedoras dos governos da época. Em contato com elas, sabiam com antecedência a demanda manifestada pelos governantes e, assim, podiam cotar produtos com preços e condições vantajosas para seus clientes. Para isso, asseguravam que sua clientela conhecesse antecipadamente as informações geradas em nível governamental.

Alguns dos intermediários mais visados eram porta-vozes de pessoas muito poderosas. Outros, simples secretários com habilidade para bloquear o acesso à informação, que funcionavam como verdadeiros filtros. Uma das técnicas aplicadas por eles para convencer as pessoas de sua utilidade era deixar evidente que a falta da informação era uma deficiência grave, que poderia ser suprida com sua ajuda. Por meio dessa estratégia, acabavam ganhando muito dinheiro.

Entre as características de humanos desse tipo estava sua absoluta discrição. Gostavam de trabalhar na sombra, pois muitas de suas práticas já naquela época eram vistas como desonestas. Por essa razão, no decreto sobre o uso de informações, o Conselho Superior das Raposas pune duramente os intermediários, que não têm em si nenhuma utilidade social. São, na verdade, inimigos do progresso e do desenvolvimento." O próximo e último capítulo da série trará um exemplo de como os humanos disseminavam seus conhecimentos nas organizações. Até lá!

Bernt Entschev é presidente do Grupo De Bernt. Empresário com mais de 36 anos de experiência junto a empresas nacionais e internacionais. Fundador e presidente do grupo De Bernt, formado pelas empresas: De Bernt Entschev Human Capital, AIMS International Management Search e RH Center Gestão de Pessoas. Foi presidente da Manasa, empresa paranaense do segmento madeireiro de capital aberto, no período de 1991 a 1992, e executivo da Souza Cruz, no período de 1974 a 1986.

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