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Se o investidor brasileiro está contente com os recordes da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em 2005, o estrangeiro está muito mais feliz. É que o estrangeiro que trocou dólares por ações brasileiras no início do ano já ganhou, em média, 40,16%. Já o investidor doméstico contabiliza 18,88% desde o início do ano.

A diferença de rendimento acontece devido à desvalorização do dólar no período, de 14,67%. A simples troca de dólares por reais já seria vantajosa para o investidor estrangeiro neste ano, mas quem aplicou em ações não tem do que reclamar. Quem aplicou em fundos cambiais, apostando contra o real, perdeu dinheiro nesse período.

O Índice Bovespa dolarizado começou o ano marcando 9.870 pontos. Nesta segunda-feira, fechou a 13.834 pontos.

- A Bovespa é a bolsa que mais está subindo no mundo, o que sugere atenção. Na possibilidade de uma realização de lucros mais forte, os estrangeiros terão muito mais "gordura" para queimar do que o brasileiro - disse Nicolas Balafas, consultor de investimentos da Planner Corretora.

A sorte dos investidores nacionais é que não há no horizonte um motivo previsível para uma correção exagerada dos preços das ações. O cenário político é monitorado de perto, mas não está impedindo a evolução da economia e dos ativos nacionais.

Com o excesso de liquidez internacional, os investidores buscam mercados emergentes e o Brasil tem sido o principal alvo. Com isso, os títulos da dívida externa se valorizam e o risco-país marca 353 pontos centesimais, seu menor patamar desde outubro de 1997.

- Nada sugere uma reversão de expectativas, mas sabemos que é um momento de exageros. Se o estrangeiro resolver realizar lucros com mais força, o investidor local tem de ser bem rápido para fugir das perdas - disse Balafas.

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