Uma manifestação chamada "Grito das Estradas" reuniu quase 500 caminhões nesta terça-feira em Brasília. O protesto contra as péssimas condições das estradas e o descaso com os caminhoneiros foi organizado pela Frente Nacional dos Transportes Rodoviários de Cargas (FNTRC) e recebeu o apoio do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado do Paraná (Setcepar).

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A movimentação desta terça-feira foi apenas um alerta. "Se não tivermos uma posição concreta do presidente Lula e do ministro dos Transporte, vamos parar o Brasil", disse Fernando Klein Nunes, presidente do Setcepar. Os organizadores do movimento mandaram um recado para o governo. "Em 15 dias podemos entrar em uma greve nacional inédita", afirmou.

Líderes sindicais de vários estados se reuniram na capital do país para pressionar o governo federal e pedir agilidade na aprovação da pauta de reivindicações da categoria, apresentada ao Ministério dos Transportes no mês passado. O presidente do Setcepar representou os empresários paranaenses. "O movimento está unido. Caminhoneiros e donos de empresas vão lutar por um objetivo comum", disse Nunes.

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A principal reivindicação dos manifestantes é a correta utilização da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), passando a usar o recurso para a recuperação de estradas. "Isso está previsto na constituição. As estradas estão em situação calamitosa", afirmou Nunes. Além disso, os trabalhadores exigem a derrubada da proibição da Autorização Especial de Trânsito (AET) para os caminhões bitrens e a readequação das tarifas de pedágio.

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