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Instituição pesa, mas nem tanto

Uma universidade de "grife" pode enaltecer o currículo de um profissional, porque o mercado de trabalho reconhece quais são as instituições que têm seriedade e investem mais em pessoal e estrutura. "Em algumas, nem as graduações têm reconhecimento", contrapõe Gildo Erzinger, coordenador da pós-graduação da Fesp. O professor Luiz Hamilton Berton, do Unicenp, sugere analisar bem o corpo docente, conhecer o câmpus onde vai estudar e até conversar com o coordenador do curso. "A pessoa vai ficar um ano, um ano e meio naquele ambiente e ainda vai fazer um investimento razoável. São cursos de R$ 8 mil, R$ 9 mil, até R$ 12 mil", diz. A consultora Vera Carvalho, da Nova Forma, acrescenta que é necessário ver o conteúdo programático do curso e que a imagem da instituição não deve ser o único critério a ser seguido. "Ter grife pode abrir caminho ou experiência internacional, mas uma outra universidade que não é tão conhecida pode ter ferramentas muito melhores para o que a pessoa está desenvolvendo", opina.

Dicas de leitura

Equilíbrio no TrabalhoMichael CarrollEditora Nova Era, 272 páginas, R$ 29,90)

Michael Carroll, diretor-fundador da Awake at Work (AAW), consultoria que ajuda o profissional a redescobrir o equilíbrio e o bem-estar ao buscar o sucesso profissional, se apóia nos ensinamentos do budismo e da meditação tibetana para mostrar como encarar o trabalho de outra maneira, recuperar o interesse pelo atual emprego e evitar conflitos com colegas. O autor, que trabalha há 20 anos com recursos humanos, ensina lições práticas para o profissional que fica nervoso e estressado com os problemas do dia-a-dia.

Pensamento AlinhadoJim Steffen(Editora BestSeller, 160 páginas, R$ 19,90)

O livro mostra orientações práticas para se definir prioridades, clarear os objetivos e torná-los realidade. Jim Steffen mostra como cada ação rege diretamente o resultado que alcançamos, com a história de um casal que tinha uma vida tumultuada. O autor também ensina a transformar os antigos resultados negativos em realizações desejadas. Isso porque parte do trabalho para se obter êxito está em gerenciar a frustração com o excesso de atividades.

Fazer um curso de MBA virou praticamente uma obrigação para quem quer chegar ao nível de gestor e se manter competitivo no mercado de trabalho. Por causa dessa pressão, muitos acabam escolhendo o curso errado e estudando assuntos que não vão incrementar a carreira profissional. Além da perda de tempo, a opção errada também resulta em perda de dinheiro, já que os cursos não são para qualquer bolso. Para complicar (ou seria para ajudar?), a oferta de MBAs nas universidades é imensa.

Ficou difícil? Não se desespere. A orientação de especialistas é tentar identificar quais as habilidades que precisam ser desenvolvidas com o curso. Outra regra é pesquisar bastante e avaliar critérios como corpo docente e a instituição que oferece o MBA.

Para a psicóloga Vera Carvalho, consultora de carreira da Nova Forma – Assessoria e Desenvolvimento, o profissional deve começar mapeando seus interesses e suas metas. "Deve também avaliar o que vai precisar, como tempo, recursos emocionais, físicos e psicológicos, porque não é só ir para a aula. É preciso estudar, ler, trabalhar em equipe", avisa. Todos esses cuidados servem para que o investimento retorne o mais rápido possível. Afinal, mesmo na Universidade Federal do Paraná (UFPR), que é pública, a mensalidade de um MBA varia de R$ 400 a R$ 500. Outro cuidado para não fazer o curso errado, segundo Vera, é analisar o mercado de trabalho e saber o que ele está exigindo.

O professor Luiz Hamilton Berton, pró-reitor de pós-graduação do Centro Universitário Positivo (Unicenp), acredita que o profissional em busca de um MBA deve, em primeiro lugar, avaliar quais são as competências que precisa para seu desenvolvimento. "Ele deve ver a necessidade que tem em relação ao tema e ao conteúdo, que deve agregar habilidades, atitudes e conhecimentos para sua formação", diz. Berton faz ressalvas para quem prefere manter-se na "zona de conforto" e procurar um curso na sua área de trabalho – o caso de um gerente de marketing que se matricula em um MBA em marketing. "Muitas vezes ele já tem aquele conteúdo. Por que não fazer um curso de gestão de pessoas?", questiona.

O engenheiro mecânico Eduardo Montanari, que trabalha na alemã Brose, sentiu que precisava aprofundar seus conhecimentos em planejamento estratégico e fez um MBA em Direção Estratégica no Unicenp. "As empresas em que trabalhei sempre fizeram um planejamento no curto prazo, quando o certo é pensar no médio e no longo prazo. Isso sempre me incomodou", comenta. Com formação extremamente técnica, Montanari também sentia falta de conhecimentos em administração, como desenvolvimento de novos negócios, identificação de nichos de mercado, entre outros.

Para escolher seu curso, o engenheiro fez uma extensa pesquisa entre as universidades de Curitiba, já que não poderia viajar para estudar. Quando encontrou a que mais lhe chamou atenção em termos de estrutura e corpo de professores, procurou pessoas que já haviam estudado lá para saber o que achavam. Comparou ainda o custo com o benefício que ganharia. "É um investimento razoável, e quando você põe tudo no papel, vê que tem mais coisa, como aula no sábado, trabalhos."

Há ainda quem estimule o profissional a procurar formação específica exatamente no campo em que atua. A estratégia pode ser útil, diz o consultor em gestão de carreira Gildo Erzinger, da Sênior Recursos Humanos, que também é coordenador do departamento de pós-graduação da Fundação de Estudos Sociais do Paraná (Fesp). "A escolha deve ser de acordo com o que a pessoa já tem conhecimento, porque o curso vai fazer com que o currículo dela fique enriquecido", diz. Quem nunca trabalhou, mas já estagiou, deve ir atrás de formação nos campos com que mais se identificou.

Serviço: Nova Forma – Assessoria e Desenvolvimento – (41) 3339-0534; Unicenp – (41) 3317-3000 – www.unicenp.edu.br; Sênior Recursos Humanos – (41) 3254-8864; Fesp – (41) 3028-6500 – www.fesppr.br

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