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Confira as dicas para superar a demissão

1 - Não faça nenhuma ação precipitada que possa causar-lhe prejuízos futuros. Por exemplo: falar mal do chefe ou da empresa que o demitiu, afinal você nunca sabe se um dia haverá uma nova oportunidade na mesma empresa ou mesmo se não encontrará seu chefe em outro lugar.

2 - Pela razão acima, procure fazer o que for necessário para recobrar a serenidade o mais rápido possível para que possa começar a agir em busca de uma nova colocação. Converse com um amigo para desabafar. Isso ajuda a acalmar. Caso prefira ficar sozinho, fique. O importante é que você possa estar pronto o mais rápido possível para agir sem causar danos à sua carreira. Se não recobrar a serenidade, pode ser que você esteja irritado em meio a uma entrevista de emprego e ninguém quer contratar uma pessoa que não sabe lidar com frustrações.

3 - Prepare uma lista de possíveis pessoas a contatar para comunicar que está disponível para novas oportunidades. Escolha aquelas que possam indicar-lhe uma chance de recolocação ou abrir portas. Estudos mostram que entre 60% e 80% das vagas são preenchidas por indicação, portanto mantenha sempre sua lista de relacionamentos em dia para quando precisar contatar estas pessoas não ser constrangedor fazê-lo.

4 - Lembre-se dos fornecedores e dos clientes de seu antiga empresa como potenciais locais para procurar uma nova colocação. Afinal, eles podem conhecer você e isto ajuda - desde que o motivo de sua demissão não tenha sido relacionado com um deles, é claro.

5 - Procure um retorno de seu empregador sobre o motivo pelo qual foi demitido. Embora a demissão possa parecer inesperada, é provável que alguns sinais já tenham lhe sido dado e não os tenha percebido.

6 - Faça um currículo que tenha mais a ver com seus desejos de carreira. Já que terá de procurar um novo emprego, procure um que lhe seja inspirador. Mas, importante, não coloque nele competências que não possui. Seja realista.

7 - Avalie como está sua condição financeira. Reduza os gastos, mas não tire todos os seus momentos de lazer e diversão: você precisa de muita energia para procurar emprego e são estes momentos que criam energia, portanto, dentro de uma faixa aceitável de gastos não pare a academia, o cinema, ou seja lá o que faz para se reenergizar.

8 - A estratégia vencedora para quem está procurando um novo emprego é formada pelo binômio persistência e resiliência: persistência para procurar emprego até encontrá-lo e resiliência para agüentar muitos "nãos" até que surja a oportunidade que lhe cabe. Resiliência é a capacidade do profissional de se recuperar após uma frustração e agir em direção aos seus objetivos, neste caso, um novo emprego - você vai precisar desta capacidade em toda sua vida profissional.

9 - Ao conseguir um novo emprego, desenvolva-se sempre, seja treinável, não repita os mesmos erros e mantenha permanentemente em vista seu crescimento profissional, sua rede de relacionamentos relevantes e as informações sobre os mercados em que sua empresa atua. Deste modo você evitará ser surpreendido novamente.

Ao chegar à empresa, seu chefe o aguarda e dá a triste notícia: você está demitido. Ou pior: ao abrir seu e-mail, depara com a seguinte mensagem: "a partir desta data, a empresa não contará mais com seus serviços". E agora? O que fazer diante de uma demissão inesperada?

A primeira coisa é se recuperar do susto. Nessas horas, o melhor a fazer é conversar com parentes ou amigos e manter a calma.

- Uma pessoa desestruturada emocionalmente, normalmente perde a razão - afirma Sílvio Celestino, vice-presidente da Seção São Paulo da Federação Internacional de Coaches e autor do livro 'Conversa de Elevador - uma fórmula de sucesso para sua carreira'.

Não tome nenhuma atitude precipitada que possa lhe trazer prejuízos futuros, como falar mal da empresa que o demitiu ou do chefe. Afinal, você nunca sabe se um dia haverá uma nova oportunidade na mesma empresa ou mesmo se você não encontrará seu chefe em outro lugar.

- Lembre-se que, com as fusões de empresas hoje em dia, isto pode vir a acontecer. Portanto, seja moderado ao falar sobre sua demissão - aconselha Sílvio.

Segundo o especialista, é normal que o empregado demitido cobre explicações.

- A maioria não percebe, mas a demissão normalmente ocorre porque o profissional está estagnado em alguma área, como, por exemplo, deixou de aprender um segundo ou terceiro idioma, não deu atenção a sua rede de relacionamento profissional; deixou sua imagem ou comportamento em segundo plano; não expressou de forma consistente e constante sua competência ou ignorou a política dentro da empresa - explica o consultor.

Silvio diz que a primeira medida é avaliar o que gerou a demissão. O trabalhador deve conversar com seu empregador sobre o motivo pelo qual foi demitido. - Lembre-se que a demissão para quem está demitindo tem sempre uma razão de ser, diz o especialista.

Embora a demissão possa parecer inesperada, é provável que alguns sinais já tenham sido dado e o trabalhador não tenha percebido. Estes sinais podem ser de dois tipos: primeiro os fatores inerentes à empresa e sobre os quais você não tem controle como, por exemplo, o mercado em que ela se encontra está em declínio e portanto é provável que seu emprego já estivesse ameaçado em função da necessidade de reduzir custos. Também a empresa pode estar em declínio em função da forte concorrência.

Em segundo lugar, estão os fatores comportamentais, que, segundo o especialista, são os mais comuns. Em geral, explica, os trabalhadores são admitidos por nossas competências técnicas e demitidos pelo comportamento.

- O seu comportamento pode ter produzido um clima organizacional ruim e isto pode ser em decorrência da forma como você tratou seu líder, seus pares, subordinados ou até mesmo clientes.

Sílvio esclarece que, quando ingressamos em uma empresa, estabelecemos uma série de compromissos com diversas entidades: acionistas, líderes da empresa, pares, subordinados, clientes, fornecedores, governo, comunidade, meio-ambiente e mídia, entre outros.

- Se falharmos no atendimento a uma delas, estaremos fazendo menos do que nos cabe. Se você vê somente o seu compromisso como sendo técnico ou com seu líder, você precisa ampliar sua visão ou cometerá o mesmo erro no próximo emprego.

Evidentemente, o trabalhador também pode ter sido demitido por falta de competência técnica ou por não ter atingido resultados esperados.

- Mas, lembre-se: às vezes não é informada a razão exata de sua demissão, os esclarecimentos não são claros e você terá de viver com isto, portanto, saiba se auto-avaliar também.

Buscando energiaTrabalhar o emocional é uma das etapas fundamentais pós-demissão. O baque de ser demitido pode levar a pessoa a uma tristeza profunda e até à depressão. Assim, esta não terá a energia necessária para sacudir a poeira e ir em busca de um novo emprego.

- É difícil encarar o problema, mas é preciso se recuperar, se reenergizar e fazer o que tem que ser feito: preparar um bom currículo, ir a entrevistas, ficar de olhos nos jornais, preparar uma lista de possíveis pessoas a contatar para comunicar que está disponível para novas oportunidades e participar de eventos para fazer ou ampliar sua rede de relacionamento.

Para Silvio Celestino, ficar deprimido, remoendo a perda do emprego, só ajuda o indivíduo a se tornar não-funcional, paralisando suas ações.

- As ações é que vão criar condições de buscar uma nova oportunidade no mercado de trabalho.

Evite descansar por muito tempo, a menos que esteja há tempos sem tirar férias. Quanto mais você esperar para agir, mais desânimo vai ter.

Também é hora de avaliar se estava satisfeito com o antigo emprego e se pretende seguir adiante naquele trabalho daqui para frente. O desempregado deve focar nas ações que devem ser tomadas para o futuro e se perguntar: "o que eu quero agora?"

- Quando os eventos ruins acontecem, é uma boa oportunidade de constatar o que se deseja, em que locais gostaria de trabalhar, quais ambientes, pessoas e atividades lhe são inspiradoras.

Outro aspecto relevante é o financeiro. A maioria das pessoas quando está empregada não se preocupa em fazer um planejamento financeiro para o caso de sair do emprego.

- Se, além de não ter uma rede de relacionamentos montada, o indivíduo não tiver uma reserva financeira, a coisa se complica ainda mais. Não estando preparado financeira e estruturalmente para reverter a situação, ele fica numa situação ainda mais desfavorável para conseguir um novo emprego.

Segundo Sílvio Celestino, perder o emprego não é a melhor forma de aprender, mas é um bom treino para alcançar posições melhores e cargos mais importantes.

- Se você consegue lidar com a frustração de perder o emprego, tem competência de galgar postos maiores. Se foi demitido inesperadamente, mas foi capaz de dar a volta por cima, também saberá lidar com outros tipos de frustrações que aparecerão de momento em momento em sua vida.

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