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O dólar à vista emplacou nesta quarta-feira sua sétima queda consecutiva e cravou um novo piso em 2005. A moeda americana caiu 1,32% e fechou valendo R$ 2,309 para compra e R$ 2,311 para venda. Os títulos da dívida externa subiram e o risco-país brasileiro caiu 1,02%, para 388 pontos centesimais.

O desempenho negativo das ações do setor de telecomunicações levou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a fechar em baixa de 0,28% nesta quarta-feira, depois de ter subido quase 2%. O Índice Bovespa terminou o dia em 26.714 pontos e o volume de negócios na bolsa totalizou R$ 1,763 bilhão.

O mercado fez questão de ignorar o cenário político e ressaltar o bom andamento de fatores econômicos, como a exuberância da balança comercial. Apesar de o dólar ter caído também perante a outras moedas importantes do mundo, a desvalorização foi atribuída ao ingresso de recursos externos ao país e menor temor de riscos da crise política.

"O mercado está vivendo um paraíso econômico, em meio a um inferno político", resumiu Mário Battistel, diretor de câmbio da corretora Novação.

Segundo o analista, os investidores passaram a dar menor importância à cena política à medida que aumentaram os sinais de que a economia não vai mudar. Elogios de analistas internacionais e discurso tranqüilo do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, ajudam a manter o clima otimista.

"Não há motivo para puxar o dólar para cima. Ao mesmo tempo, não creio que o Banco Central irá intervir nas cotações, sob o risco de influenciar a inflação. A tendência é que o mercado encontre sozinho um ponto de equilíbrio", disse ele.

Ações

O Índice de Telecomunicações (Itelecom) caiu 1,30% e arrastou o restante do mercado para uma realização de lucros. Telemar ON despencou 3,36% e foi a principal queda no grupo das "teles".

Segundo operadores, a suspensão da assinatura básica da telefonia fixa continuou a atingir as ações de Telemar, Brasil Telecom e Telefônica (Telesp). Além disso, haveria fundos reduzindo o peso das teles em suas carteiras, o que se reflete na participação cada vez maior desses papéis na carteira do Ibovespa.

O noticiário da crise política foi acompanhado, mas não chegou a influenciar os negócios. A constatação de que o investidor estrangeiro continua a comprar ações manteve animado também o investidor nacional. Em julho, o fluxo de recursos estrangeiros na bolsa ficou positivo em R$ 2,508 bilhões. Foi a segunda melhor marca do ano e resultou de compras de ações no valor de R$ 10,950 bilhões e de vendas de R$ 8,441 bilhões. Em fevereiro, os estrangeiros haviam trazido R$ 3,702 bilhões. No acumulado do ano, o saldo de investimento estrangeiro está positivo em R$ 3,007 bilhões.

Entre as 55 ações do Ibovespa, a maior altas foi de Net PN. A empresa conseguiu reverter os prejuízos e fechou o primeiroO mercado de câmbio fez questão de ignorar o cenário político e ressaltar o bom andamento de fatores econômicos, como a exuberância da balança comercial. Apesar de o dólar ter caído também perante a outras moedas importantes do mundo, a desvalorização frente ao real foi atribuída ao ingresso de recursos externos ao país e menor temor de riscos da crise política

Juros

As projeções dos juros negociadas no mercado futuro fecharam em baixa nesta quarta-feira, apesar de um pequeno repique de inflação registrado pelo IPC-Fipe. O índice fechado de julho apontou alta de preços de 0,30%, contra uma deflação de 0,20% do mês anterior. A taxa ficou acima do esperado.

Mas o desempenho positivo dos demais mercados, com queda forte do dólar e do risco-país, ajudaram a manter as taxas futuras em baixa na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 19,08% ao ano, contra 19,10% do fechamento de terça-feira. O DI de janeiro de 2007 teve a taxa reduzida de 17,84% para 17,68% anuais. A taxa Selic é hoje de 19,75% ao ano.

Paralelo

Dólar paralelo negociado em São Paulo fechou em baixa de 0,74%, cotado a R$ 2,55 na compra e R$ 2,65 na venda. No Rio, o paralelo fechou estável, a R$ 2,40 na compra e R$ 2,55 na venda. Já o dólar turismo de São Paulo caiu 1,60%, a R$ 2,28 e R$ 2,46 na compra e venda, respectivamente.

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