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A alta de 0,82% com a qual o dólar fechou nesta quarta-feira não o impediu de ter um desempenho bastante negativo no acumulado do mês. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,205 na compra e R$ 2,207 na venda. No acumulado do mês, houve desvalorização de 2%, mesmo com as agressivas compras de dólares feitas pelo Banco Central no período. No ano, a queda do dólar já é de 16,84%.

A queda de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) foi a principal notícia do dia, mas não o principal fator de pressão sobre o dólar. Com a economia em claro desaquecimento, aumentou a aposta em cortes de juros mais agressivos. Em conseqüência, menos dólares entrariam no país em busca, fazendo a cotação parar de cair.

- Há risco de o crescimento do PIB ficar abaixo de 3% este ano, e isso retira todo o enfatizado sucesso da política de combate à inflação. A dúvida é se valeu a pena, ou se o país teria alcançado resultado melhor com uma taxa de juros mais baixa - disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO, salientando que os juros mais baixos também teriam evitado uma depreciação exagerada do dólar, como vem acontecendo.

Geralmente o Banco Central não costuma comprar dólares no último dia do mês, quando é definida a taxa de referência para liquidação de contratos do mercado futuro. Apesar disso, a instituição comprou dólares no mercado à vista (por R$ 2,202) e promoveu leilão de swaps reversos, o que equivale a uma compra de dólares no mercado futuro. O leilão de swaps desta sexta-feira foi o terceiro consecutivo, e o quinto desde que o BC retomou esse tipo de operação.

Depois de ter repercutido com forte queda o resultado negativo do PIB, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) inverteu a tendência e subia 0,24% por volta das 17 horas, com 31.728 pontos. Para a bolsa, a queda do PIB é negativa, mas a expectativa de queda de juros pode ser um alento.

Na véspera da divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o mercado futuro de juros ajustou para baixo as projeções dos juros nesta quarta-feira. A forte queda das taxas foi gerada pela notícia da queda de 1,2% da atividade econômica brasileira no terceiro trimestre. O número - pior que o esperado - fez aumentar as apostas em um corte de juros mais agressivo por parte do Copom, já na reunião de dezembro.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,10% ao ano, contra 18,15% do fechamento de terça-feira. O DI de outubro fechou com taxa de 16,83% anuais, frente aos 17% anteriores. A taxa do DI de janeiro de 2007 caiu de 16,90% para 16,71% anuais.

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