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O dólar emplacou nesta quinta-feira sua nona queda consecutiva, mantendo o seu menor preço desde abril de 2001. A moeda americana recuou mais 0,50% e fechou valendo R$ 2,166 na compra e R$ 2,168 na venda. Às 17 horas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) caía 0,62%, com o Índice Bovespa em 30.475 pontos.

Nem mesmo o dia um pouco mais tenso no mercado financeiro abalou o dólar. A moeda americana chegou a subir nos primeiros minutos de negociação, mas sucumbiu diante de ingresso de recursos e inflação em alta, que sugeriu manutenção dos juros em patamares elevados.

O Banco Central comprou dólares no período da tarde (por R$ 2,1715), mas a cotação ampliou levemente a tendência de baixa com que já vinha operando. Em nove dias de desvalorização, o dólar já perdeu 5,37%.

Segundo Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da corretora NGO, a aceleração da inflação indica que é melhor para o governo manter o dólar depreciado. Com isso, o Banco Central tem um importante aliado para manter a inflação sob controle. Por conta disso, ele acredita que o governo não fará esforço para promover uma apreciação do dólar.

O mercado de câmbio também continuou a repercutir positivamente a captação externa de US$ 500 milhões feita pelo Tesouro Nacional da véspera. A colocação de novos bônus globais (vencimento em 2015) pode abrir portas para o setor privado fazer o mesmo, o que indica mais ingressos de recursos externos ao país.

As projeções dos juros negociadas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharam em baixa nos vencimentos mais curtos e estáveis nos mais longos. Três índices de inflação foram divulgados nesta quinta-feira.

O IPC-Fipe e o IGP-M mostraram desaceleração nas primeiras prévias de novembro. O IPC-Fipe ficou em 0,59% na primeira quadrissemana deste mês, contra 0,63% no fechamento de outubro. O IGP-M recuou de 0,25% na primeira prévia de outubro para 0,16% na primeira de novembro.

Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação, subiu para 0,75% em outubro, o dobro do 0,35% registrado em setembro. O mercado esperava uma taxa de 0,56%. Os juros chegaram a ensaiar uma alta diante da aceleração do IPCA, mas não resistiram e voltaram a cair.

O Depósito Interfinanceiro (DI) de janeiro de 2006 fechou com taxa de 18,35% ao ano, contra 18,38% do fechamento de quarta-feira. O DI de abril do ano que vem teve a taxa reduzida de 17,77% para 17,74% anuais. A taxa do DI de janeiro de 2007 ficou estável, em 17,14% anuais. A taxa Selic está hoje em 19% ao ano.

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