Apesar de cobrarem a aceleração no corte dos juros, os empresários que participaram, nesta sexta-feira, de encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmaram que o governo não pode "relaxar demasiadamente" na condução da política econômica. Segundo eles, tão ruim quanto aumentar demais os juros seria optar agora por uma redução abrupta das taxas.
- Todos querem juros mais baixos, mas é preciso haver uma sintonia fina. Não se pode relaxar demasiadamente. A tendência está dada (corte dos juros) e somente este fato já dá uma esperança para nós - afirmou o presidente da Companhia Vale do Rio Doce, Roger Agnelli.
Na avaliação de Jorge Gerdau, presidente do grupo Gerdau, medidas mais radicais neste momento poderiam significar "sacrifícios" a meio prazo.
- As experiências internacionais mostram que mudanças nos juros não podem ser feitas de forma abrupta, sob o risco de perder o sacrifício já feito antes para controlar a inflação - afirmou ele.
Ambos também disseram que devem manter os investimentos já programados, independentemente da queda do PIB no terceiro trimestre deste ano e dos efeitos das eleições de 2006.
Para Agnelli, a retração da atividade econômica foi "conjuntural" e frisa que a economia internacional vai continuar crescendo no próximo ano, o que vai beneficiar as exportações brasileiras. Já Gerdau afirmou que é "irreversível" a tendência de crescimento do país no longo prazo.
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