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Um mergulho do espaço até a sua própria casa, um vôo rasante pelo Grand Canyon e um pulo da Avenida Paulista até a principal rua de Tóquio. Tudo isso pode ser feito em segundos pelo "Google Earth", um programa da Google Inc. que pode ser baixado gratuitamente pela internet (http://earth.google.com).

O aplicativo conta com imagens aéreas de cada centímetro da superfície terrestre. O internauta pode passear por elas de todas as formas possíveis. Pode-se ver tudo exatamente de cima, como num superzoom móvel de satélite, e ir descendo até chegar à própria rua, ou inclinar a imagem e avançar pelas avenidas, como se as imagens estivessem sendo feitas de uma asa-delta guiada pelo mouse.

Milhares de cidades do mundo, inclusive do Brasil, contam com imagem em alta resolução. Nestes casos, é possível identificar prédios e até carros nas ruas.

As imagens são uma colagem de informações de satélite ou de fotos sacadas de avião por empresas diferentes. Elas são estáticas, e não em tempo real.

Em São Paulo, por exemplo, as imagens mostram quatro pavilhões do Complexo de presídios Carandiru, embora dois deles já tenham sido implodidos.

Não é possível saber exatamente de quando são as imagens, embora todas tenham sido tiradas nos últimos três anos. Uma mesma cidade pode ter imagens de épocas e resoluções diferentes.

O grau de detalhamento é tamanho que, no caso do Rio, é possível ver quantas pessoas estavam na praia de Copacabana no dia em que a foto foi tirada. Por outro lado, a área que fica em volta do Maracanã já não tem a mesma resolução e o estádio aparece embaçado.

Em 38 cidades, os mapas contam ainda com imagens em três dimensões dos prédios. Boa parte delas fica nos Estados Unidos, país dos criadores do Google. Nas imagens de lá a sofisticação do serviço é incrível. É possível 'voar' pelos prédios em três dimensões, determinar a busca por restaurantes, por hotéis ou ruas específicas e consultar o melhor caminho para ir de um ponto a outro. O site dirá, por exemplo, onde fica um determinado museu e indicar como chegar: "saia da rua tal, vire à direita, depois a segunda à esqueda" etc. Uma setinha pode indicar ainda o prédio e às vezes até o andar onde funciona o negócio procurado. Funciona mais ou menos como uma super páginas amarelas interativa.

Na barra que fica na parte inferior da tela do programa, são encontradas as principais ferramentas para navegar pelas imagens. Com o '+' e o '-' que aparecem na esquerda aproxima-se ou distancia-se da Terra. As setinhas redondas servem para virar o ângulo da imagem (de cabeça para baixo, por exemplo), e os botões da direita, para simular uma visão rasante do mundo.

É possível ainda dispensar esses ícones e digitar o nome da cidade que se quer visitar no 'Fly to'. Aí é só escrever 'Rio de Janeiro, Brazil', por exemplo, que o programa fará o zoom sozinho, do espaço até a cidade.

É aí que começam a ser encontradas algumas das principais falhas do programa. Se o internatura digitar 'Sao Paulo, Brazil' o aplicativo o direcionará para uma cidadezinha homonima no Nordeste. As cidades fluminenses de Friburgo e Niterói aparecem como rios no meio da Amazônia. Para achar Niterói é preciso digitar 'Nicteroy' e por aí vai.

Ao lado do ícone 'Fly to', o usuário encontra o 'Local search', para serviços, e 'Directions', para endereços. É possível também fazer marcações nas imagens com um ícone específico (uma tachinha de cortiça) e mandar a imagem por e-mail para amigos, mostrando uma casa específica, por exemplo.

O programa não aceita computadores Apple e exige PCs que sejam pelo menos Pentium 3. Também é necessário ter Windows 2000 ou XP.

Na semana passada, o Google lançou também o 'Google Moon', para comemorar o aniversário (20/07) da primeira viagem do homem à Lua (http://moon.google.com). Lá estão marcados os locais onde os astronautas estiveram, mas neste caso o detalhamento é bem menor do que no 'Google Earth'. As imagens usadas são da Nasa, que não forneceu nada muito detalhado à companhia, e perdem totalmente a definição ao se aproximar da Lua. Para driblar essa restrição de forma bem-humorada, o Google mostra a ilustração de um queijo suíço bem amarelo quando o internauta chega no grau máximo de zoom.

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