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Pesquisa demonstra a importância de escolher bem que vai ocupar o cargo de supervisão. | Reprodução
Pesquisa demonstra a importância de escolher bem que vai ocupar o cargo de supervisão.| Foto: Reprodução

Um bom chefe faz toda a diferença. E essa ideia não é somente uma frase motivacional, mas uma realidade comprovada pela Escola de Negócios de Harvard e que pode mudar a realidade dentro das empresas.

De acordo com uma pesquisa realizada pela instituição, um bom líder tem efeito multiplicador sobre sua equipe, podendo torná-la muito mais produtiva.

Embora pareça uma confirmação do óbvio, o artigo The Value of Bosses (O Valor dos Chefes, em inglês) chama a atenção por colocar esse conceito à prova e demonstrar a importância de escolher bem que vai ocupar esse cargo de supervisão.

O autor Christopher Stanton contraria os estudos que mostram que uma companhia depende apenas de funcionários competentes para trazer resultados ao mostrar que o papel do chefe é ainda mais importante que o de seus encarregados nessa relação.

A partir de uma parceria com uma empresa de serviços em tecnologia, o professor monitorou o tempo gasto pelos funcionários na execução de suas tarefas e passou a trocar periodicamente seus líderes.

Mais...

Não basta colocar um bom chefe à frente de um grupo maior para fazer esses resultados se multiplicarem.

A partir dessa nova realidade, ele analisou as variações de produtividade da equipe a cada mudança e percebeu que, na maioria dos casos, o desempenho alternava de acordo com o perfil do supervisor.

Desse modo, Stanton chegou à conclusão de que um bom líder é realmente capaz de fazer com que seus encarregados deem o melhor de si, seja otimizando seu tempo na hora de realizar uma tarefa ou mesmo na qualidade do atendimento ao cliente.

...E melhor

Um dos fatores destacados por Cristopher Stanton em sua pesquisa é a importância do relacionamento do líder com o restante do time para melhorar seu desempenho. A proximidade se torna um elemento importante e forçar um inchaço poderia gerar apenas um efeito reverso.

E, apesar de não entrar no mérito de qualificar o que difere um bom chefe de um ruim, a pesquisa destaca o peso dessa influência em termos de rendimento.

Segundo ele, substituir um gestor por outro com maior capacidade de impactar positivamente seus subordinados pode melhorar muito o resultado do grupo.

Em termos comparativos, esse ganho em eficiência seria o equivalente a adicionar um décimo integrante a uma equipe de nove pessoas, ou seja, um ganho mais do que relevante.

A importância dessa constatação vai além da simples busca por mais desempenho. Ela também é útil às organizações por ajudar no aprimoramento de alguns processos, sobretudo relacionados à análise de pessoal.

Em vez de responsabilizar uma equipe por um resultado aquém do esperado, o estudo mostra que o problema pode estar na parte de cima da cadeia hierárquica.

Assim, a conclusão do professor é, ao contrário do que muitos podem imaginar, o impacto de substituir um simples funcionário é muito menor do que trocar um chefe dentro de uma companhia.

No fim das contas, a máxima de que, com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades continua verdadeira.

Menos é mais

Embora um bom chefe consiga fazer sua equipe render muito mais, não basta colocá-lo à frente de um grupo maior para fazer esses resultados se multiplicarem. Um dos fatores destacados por Cristopher Stanton em sua pesquisa é a importância do relacionamento do líder com o restante do time para melhorar seu desempenho.

Desse modo, a proximidade se torna um elemento importante e forçar um inchaço poderia gerar apenas um efeito reverso, ou seja, resultando em perda de qualidade e eficiência do trabalho. Em casos em que essa relação é construída pessoalmente, esse crescimento pode criar uma espécie de efeito congestionante que impede essa extração de potencial do indivíduo.

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