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A pesquisa Global Entre­preneurship Monitor (GEM), divulgada ontem pelo Sebrae, mostra que a qualidade do empreendedorismo no Brasil melhorou em 2010. O estudo ouviu 2 mil empreendedores em todo o país no ano passado. Desse total, 68% afirmaram que resolveram entrar no mercado porque viram uma oportunidade e os outros 32% decidiram empreender por necessidade. "Existe uma série de características que mostram que a pessoa não empreende por sufoco, ela se prepara, planeja e vai para o mercado", afirmou o presidente nacional do Sebrae, Luiz Barreto.

Segundo Eduardo Righi, diretor presidente do Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), que participou da realização da pesquisa, "quando a pessoa empreende por oportunidade, a tendência de êxito é muito maior". A proporção dos empreendimentos por oportunidade ante por necessidade no Brasil (2,1 por 1) é superior a de alguns países desenvolvidos, como o Japão (1,8 por 1), e próxima da dos Estados Unidos (2,4 por 1).

Em 2009, a relação no Brasil havia sido de 1,6 empresa criada por oportunidade por 1 surgida a partir de necessidade. Já em 2010, entre as empresas nascentes (com até três meses de existência), essa proporção foi de 3,1 por 1. A pesquisa GEM não diferencia empreendimentos formais ou informais, mas Barreto lembra que, em nove meses, o programa do Microeempreendedor Individual (MEI) formalizou 1 milhão de microempresários no país. "Isso é reflexo da estabilidade econômica, do crescimento do mercado interno, do aumento do tempo de permanência na escola. O País viveu em 2010 um ano excelente", comemorou o presidente do Sebrae. Ele aponta ainda que, quando a pessoa investe por oportunidade, na maioria das vezes o empreendimento é formal.

Inovação

Mas o empreendedor brasileiro ainda tem grandes desafios pela frente. Segundo Barreto, um dos aspectos que precisa ser aperfeiçoado é a questão da inovação. Dos empreendedores no país em 2010, apenas 16,8% afirmaram que seu produto é novo para todos ou alguns consumidores. "Em inovação, precisamos avançar muito. Nos Estados Unidos esse índice chega a quase 40%", afirma.

Barreto lembra ainda que as micro e pequenas empresas respondem por aproximadamente 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e colaboram com quase 50% dos postos de trabalho formais. Mas apenas 1% delas tem acesso aos mercados estrangeiros. "Nós temos que reforçar a ideia de um mercado global. Podemos avançar bastante na questão das exportações. A concorrência força o empreendedor a se qualificar", lembra.

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